sexta-feira, 30 de junho de 2006

Em recepcionar os Resíduos Industriais Banais (RIB)
ACIB e AEA contra a recusa da ERSUC


A tomada de posição da ERSUC, que se traduziu na cessação da recepção de RIB no Aterro Sanitário de Aveiro é uma realidade que muito transtorno está a causar às empresas da Região. A posição é manifestada pela ACIB e AEA, que decidiram escrever uma carta ao governante que tutela a área.
É verdade que a ERSUC, foi criada para responder aos problemas dos resíduos urbanos mistos, mas não existindo qualquer solução disponível para a gestão dos resíduos das empresas, por falta de alternativas tornou-se também uma solução para os RIB. Cedo se previu que a ERSUC - Aterro de Aveiro, não tinha capacidade de armazenamento até 2010, tal como inicialmente previsto.
«Em todo este processo, é de lamentar que para o distrito de Aveiro não fossem estudadas, e concretizadas antecipadamente, outras soluções alternativas, mais ainda, que o processo de cessação de recepção dos RIB não tivesse sido claro, e fossem dadas às empresas alternativas», referem as associações.
Neste sentido, e no seguimento de outras acções já desenvolvidas, a ACIB – Associação Comercial e Industrial da Bairrada e a AEA – Associação Empresarial de Águeda, enviaram no passado dia 26 do corrente mês, um documento ao Ministro do Ambiente, onde transmitem a sua tomada de posição em relação a esta matéria.
Neste documento são explanadas as dificuldades e constrangimentos que esta decisão veio trazer às empresas da Região e que se traduzem numa perda de competitividade para as mesmas.
É ainda sugerido ao Ministério do Ambiente que adopte uma medida extraordinária no sentido de permitir que o Aterro Sanitário de Aveiro receba os RIB das empresas, medida esta que deveria ser de carácter temporário e vigoraria até existirem outros Aterros localizados no distrito de Aveiro.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Recuperação da Mata Nacional do Buçaco

Concursos em preparação

A Câmara Municipal da Mealhada acaba de informar que, após a aprovação do financiamento para a recuperação da Mata Nacional do Buçaco, está já a ser preparado pelos Serviços Regionais do Centro da Direcção-Geral dos Recursos Florestais o lançamento dos respectivos concursos.
Esta é a entidade responsável pela gestão do projecto de recuperação da Mata Nacional do Buçaco, cujo financiamento, aprovado no dia 31 de Maio de 2006, está orçado em 1,3 milhões de euros e inclui verbas comunitárias, destinando-se à concretização, em três anos, do projecto de requalificação da mata elaborado pelo Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, sob a coordenação do Professor Doutor Amadeu Soares.
A construção de um Centro de Interpretação Ambiental, a recuperação das estufas e de algumas das casas existentes no local, a instalação de nova sinalética e a criação de trilhos para visita da mata são algumas das obras que vão avançar.

quinta-feira, 22 de junho de 2006



Pampilhosa
«Novo» Cine-Teatro em 2008
O Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, garantiu hoje (22 de Junho) que o financiamento para a recuperação do Cine-Teatro da Pampilhosa é um “processo fechado”, e que a “Pampilhosa e o seu Cine-Teatro estão de parabéns” já que aquele equipamento cultural “foi dos poucos que apresentou um projecto que teve condições para ser aprovado”.
“O momento difícil foi o da selecção e da avaliação das candidaturas, mas tendo a candidatura sido aprovada, a questão é agora meramente burocrática”, afirmou o governante, durante a visita que efectuou hoje ao Cine-Teatro da Pampilhosa. Recorde-se que a candidatura para financiamento da recuperação do Cine-Teatro da Pampilhosa foi aprovada pelo Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, através de despacho de 25/7/05, atribuindo um financiamento de 455.802 euros à recuperação do Cine-Teatro, propriedade do Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa, a mais antiga Associação do Concelho, fundada em 1906. Agora, será lançado o respectivo concurso, estimando-se que as obras arranquem no início de 2007. Com um prazo de execução de 14 meses, a recuperação daquele equipamento cultural estará concluída no primeiro trimestre de 2008.
“Pretendemos dar vida àquilo que foi, durante muitos anos, o coração da Pampilhosa”, disse o governante, para quem esta recuperação significa um “novo fôlego” para o Cine-Teatro da Pampilhosa, que “tem um passado e uma memória de 100 anos”. “O êxito deste equipamento passará pela programação, que terá de ser feita em rede, através da circulação e mobilidade de espectáculos”, afirmou João Ferrão, que classificou estes equipamentos culturais como “um coração importante para as povoações”.
Na visita, o Secretário de Estado de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades foi acompanhado pelo Chefe de Gabinete do Governador Civil de Aveiro, Custódio Ramos, pelo Presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Carlos Cabral e restante vereação, além dos representantes do Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa e do Presidente da Junta de Freguesia da Pampilhosa.
O Cine-Teatro da Pampilhosa foi construído para Teatro em 1906, por ele tendo passado as mais importantes companhias de teatro nacionais que, aproveitando os caminhos-de-ferro, se deslocavam de Lisboa para o norte do país, aproveitando a passagem e a estadia na Pampilhosa para aí exibirem os mais variados espectáculos. Mais tarde, foi das primeiras salas do distrito de Aveiro a exibir, assim que este se vulgarizou, o cinema (mudo).
A recuperação deste importante património cultural, localizado no centro da Vila da Pampilhosa, junto à estação de caminhos de ferro, quer no sentido da preservação de um edifício cujo simbolismo histórico urge salvaguardar na memória colectiva, quer com o objectivo de dotar a Vila da Pampilhosa com uma infraestrutura cultural que vá ao encontro das necessidades dos seus cerca de 5 mil habitantes, tem merecido uma especial atenção da Câmara Municipal da Mealhada, que, desde há mais de uma década, tem desenvolvido todas as diligências com vista à recuperação desta sala de espectáculos
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sábado, 10 de junho de 2006

Estratégias para o Turismo na Bairrada


O Turismo é reconhecido como um dos sectores mais importantes nas economias modernas não só pelo nível de receitas e de emprego que gera mas também pelos seus efeitos directos no bem-estar social, no crescimento económico, na melhoria da qualidade de vida e no reforço da coesão económica e social.
A indústria do turismo será, em 2025, a maior actividade económica mundial, com a Europa a continuar a ser, certamente, o seu o maior receptor mundial. Portugal pode aí assumir um lugar destacado como país receptor, se tiver uma proposta de valor competitiva e responder adequadamente à procura.
Na região Bairradina, o turismo é um dos pontos fortes da economia, sendo necessário saber quais as oportunidades e os factores críticos de sucesso para explorar o nosso valor como destino turístico
Atenta a esta realidade, ACIB – Associação Comercial e Industrial da Bairrada vai organizar a 20 de Junho, no Museu do Vinho de Anadia, pelas 14h, um seminário subordinado ao tema "O Turismo na Bairrada – Estratégias e Ferramentas para a Competitividade", com o objectivo de reflectir sobre o contexto actual do sector, potencialidades da região e estratégias para as aproveitar e com o seguinte programa:

14h00 – Recepção dos participantes
14h15 – Abertura
- Eng. Miguel Roque Bouça – Presidente da Direcção da ACIB
- Prof. Litério Marques * – Presidente da Câmara Municipal de Anadia
14h30 – A Rota da Bairrada – Potencialidades da Região
Eng. Jorge Sampaio – Associação da Rota da Bairrada
15h00 – A Bairrada na Rota da Luz
Dr. Pedro Silva – Presidente da Rota da Luz
15h20 – Competências indispensáveis a desenvolver no Sector do Turismo
Dra. Mafalda Alpoim – Técnica de Turismo – Liconsultores
15h40 – Coffee – Break
15h55 – Principais apoios a Projectos Turísticos
Dra. Rita Lavado – Gabinete de Apoio ao Investidor do Instituto de Turismo de Portugal

16h25 – Testemunhos da Bairrada
Palace Hotel do Buçaco e Palace Hotel da Curia
Dr. Alexandre de Almeida – Director Geral dos Hotéis Alexandre de Almeida
Hotel Termas da Curia
Sr. António Aguiar – Director Geral Grupo Hotéis Cidadela

17h00 – Debate
17h30 – Encerramento

Para mais informações ou inscrições, deverá ser contactada a ACIB, através do telefone 234 730 320 / 231 516 761 ou e-mail acib@acib.pt.

sexta-feira, 2 de junho de 2006


Gonçalo Breda, na hora de abandonar a liderança do PSD/Mealhada

«Somos hoje um partido de convicções e não de conveniências»

A terminar o seu mandato como líder do PSD/Mealhada, o vereador Gonçalo Breda Marques faz um balanço do que foram seis anos à frente do partido. Satisfeito com o trabalho realizado, entende que hoje o PSD na Mealhada «é um partido de convicções e não de conveniências». Não enjeita a possibilidade de uma nova candidatura à autarquia, e sobre a liderança socialista da autarquia diz que a «marca deste executivo vai ser a de andar a empatar o concelho e a promoverem-se uns aos outros». Estas e outras questões numa entrevista que antecede as eleições para o PSD local e se irá iniciar uma nova liderança interna

Isabel Gomes Moreira

Mealhada Moderna (MM): O mandato da comissão politica do PSD está prestes a terminar. Já estão marcadas as eleições?
Gonçalo Breda Marques (GBM): Falta pouco tempo para terminar o mandato e espero que sejam marcadas eleições ainda antes do verão, mas ainda não têm data definida.

MM: Estatutariamente está impedido de se voltar a candidatar, o que pensa fazer em relação ao seu sucessor?
GBM: Sim, os estatutos do PSD não permitem que a mesma pessoa possa liderar o mesmo órgão mais de três mandatos seguidos. Pretendo ajudar a encontrar a melhor solução e dar todo o contributo possível para dar continuidade a este projecto que se iniciou há 6 anos atrás.

MM: Que balanço faz do tempo que liderou o partido no concelho da Mealhada?
GBM: Tenho muito orgulho no trabalho desenvolvido, tivemos uma voz e uma intervenção em praticamente todos os grandes problemas que preocupavam e alguns continuam a preocupar o nosso concelho. Desde reuniões com Secretários de Estado e Ministros a variadíssimos organismos do Estado, assuntos como o financiamento do Centro de Estágios do Luso, a extensão de saúde do Luso, Vacariça, Barcouço, e a hipótese de Casal Comba, bem como a rotunda de acesso à auto estrada, ou a recuperação da estação da Pampilhosa, o regadio Luso Vacariça, os Viveiros florestais e o investimento na Mata Nacional do Bussaco bem como a sua elevação a Património Mundial, a recuperação da ponte de viadores, o auxilio a várias associações, o projecto da Mealhada a cidade, foram tantos e tantos os assuntos que de alguma forma justificam esta minha sensação de satisfação de dever cumprido. Vivemos durante este período momentos de grandes combates políticos, infelizmente alguns até pessoais, mas que tenho a consciência que tornaram o PSD mais forte, mais solidário e visto hoje como um partido de convicções e não um partido de conveniências.

MM: O que vai fazer a seguir?
GBM: Felizmente tanto no campo profissional como político tenho muitos projectos, muitos desafios e até alguns convites que gostaria de aceitar. No plano local gostaria de intensificar a minha participação na Câmara Municipal e dar o meu melhor pelo nosso concelho.
MM: Odete Isabel dizia em entrevista ao nosso jornal que “a Mealhada está como está porque nunca teve uma oposição organizada”. Como comenta esta afirmação?
GBM: Tenho pela Dr.ª Odete Isabel uma grande estima e admiração pessoal, tanto no plano pessoal como no plano profissional e até político, mas tenho a sensação que percebe tão bem ou melhor do que eu as razões porque o nosso concelho está como está e não se deve seguramente à oposição.

MM: Que avaliação faz do trabalho desenvolvido pelo PS à frente da Câmara Municipal neste mandato?
GBM: Está mais do que provado que não conseguem dar o salto para a qualidade. Tudo é feito com mediocridade, por exemplo se olharmos para a feira do artesanato e gastronomia ou para o torneio de Futsal entre freguesias, apesar de serem boas iniciativas, falta-lhes muito para terem a qualidade que se exige e se deseja, poderiam na minha opinião ser melhor divulgadas, ter muito mais vida, alegria e dignidade. Em relação ao campo de Golf na Pampilhosa não se conhece nenhum desenvolvimento, a Plataforma Intermodal da Pampilhosa parece que tal como o Centro de Estágios do Luso não tem financiamento, o Arquivo Municipal continua com as portas fechadas, prometeram acabar definitivamente com os maus cheiros e afinal tudo continua na mesma, as desigualdades entre freguesias acentuam-se sem que nada se faça, tudo é decidido sem planeamento, segundo o Sr. Presidente em 2003 estariam a instalar-se empresas na zona industrial da Pedrulha, estamos a meio de 2006 e ainda estamos na fase de concursos, as taxas de execução são baixas, os impostos ao contrário do que propusemos são cobrados às taxas máximas possíveis penalizando assim as pessoas e as empresas. Enfim a este ritmo a marca que este executivo socialista vai ter no final do mandato não é de nenhuma obra mas de terem andado a empatar o concelho, e a tentar promover-se uns aos outros por coisa nenhuma.

MM: Como viu a “chamada” de José Calhoa ao executivo?
GBM: Disse ao Sr. José Calhoa em reunião de Câmara que não concordei com a atitude que teve quando aceitou ser candidato à câmara sabendo que se fosse eleito não iria aceitar pelouros. Não acho honesto andar a pedir votos às pessoas e depois não assumir as responsabilidades. Curiosamente ou talvez não numa altura em que a Câmara lamenta as dificuldades orçamentais, e numa altura em que já tinha passado de um Vereador a tempo inteiro e um a meio tempo, para dois a tempo inteiro venha ainda acrescentar mais um a meio tempo atribuindo ainda por cima o pelouro das obras particulares ao novo Vereador a quem não se conhece nenhuma experiência nem conhecimento nessa área.

MM: Como viu as mudanças efectuadas na concelhia socialista e a saída de Carlos Cabral?
GBM: Parece-me que o Sr. Carlos Cabral aproveitou uma oportunidade para se livrar do partido. Mas não gosto de comentar problemas internos de outros partidos.
Rui Marqueiro é dado por muitos como o candidato do PS à Câmara nas próximas eleições. Como vê essa possibilidade?
Mais importante do que a escolha do próximo candidato à Câmara do PS é saber que ninguém vê no actual Presidente condições para se voltar a candidatar. Mal tinha acabado de ser eleito já se falava na sua sucessão, significa por isso que nem os próprios dirigentes e simpatizantes do seu partido vêem nele condições para continuar. Apenas aqueles que estão directamente dependentes do Sr. Cabral e que sabem que não têm futuro político com a sua saída o vêm publicamente defender. Quanto ao Dr. Rui Marqueiro parece evidente a sua vontade, é um homem com experiência política e autárquica com virtudes e defeitos conhecidos, no entanto a esta distância julgo que deveria amadurecer melhor essa ideia para não vir a sofrer nenhum desgosto.

MM: Na Mealhada, já foi candidato por duas vezes à Câmara diz o ditado que não há duas sem três, pensa voltar a candidatar-se?
GBM: O PSD deve escolher sempre aquele que estiver mais bem preparado e em melhores condições para se candidatar.
MM: Não respondeu à pergunta…
GBM: Sou apaixonado por politica, adoro o combate político na verdadeira acepção da palavra, gosto muito de servir o concelho e o PSD, mas neste momento é prematuro colocar esse cenário em cima da mesa.

MM: Acha que na Mealhada ainda existe medo das pessoas se pronunciarem sobre a vida autárquica e concelhia?
GBM: O que sinto realmente é que existem muitas pessoas que me procuram para me expor problemas ou para me incentivar que depois preferem ficar no anonimato. Em meios pequenos infelizmente mistura-se muito as questões politicas das profissionais, pessoas que têm uma “porta aberta” ou negócio, ou que estejam dependentes ou alguém da família dependente de um emprego na Câmara preferem não se envolver. Seria um bom exercício contabilizar o número de familiares e amigos dos responsáveis autárquicos aos vários níveis do concelho que encontraram emprego na Câmara. Continuo a querer acreditar que será pura coincidência…

MM: Foi o responsável principal pela elevação da Mealhada a cidade. Passados estes anos, o que acha que mudou e que benefícios trouxe essa elevação?
GBM: Procurei com esse projecto trazer orgulho à nossa terra, dignificar o nosso concelho, sei que foi bem acolhido pela população e só lamento o comportamento irresponsável e mesquinho de alguns dirigentes socialistas. Tudo fizeram e continuam a fazer para desvalorizar não permitindo explorar as oportunidades criadas, apenas porque o projecto é meu. Prova da intriga que procuraram fazer é que ainda hoje com a maioria no parlamento têm vergonha de avançar com os projectos do Luso e da Pampilhosa que na altura apenas serviram interesse partidários passando por cima e usando os sentimentos das pessoas.

MM: O que acha que a Mealhada precisa que ainda não foi feito?
GBM: Aposta na qualidade, corrigir as desigualdades entre freguesias, alterar o PDM para que mais pessoas possam construir na sua própria freguesia e não tenham que viver noutros locais, na área da educação temos muito a fazer, temos condições para apostar num ensino de qualidade, em infra-estruturas de qualidade, e cortar com o pensamento “ no meu tempo também ia a pé para a escola e não morri”, pensamento retrógrado e que demonstra apenas a insensibilidade do Presidente da Câmara, dar dignidade a quem vive nos bairros sociais do concelho que estão, sobretudo o do Canedo, completamente degradados, investir em espaços verdes, resolver definitivamente o problema dos Viveiros Florestais e da Mata Nacional do Bussaco, bem como resolver o problema dos maus cheiros, ter uma estratégia tanto nacional como internacional para desenvolver o turismo no nosso concelho, olhar para as associações não como rivais mas como parceiros estratégicos de desenvolvimento, na área da saúde não permitir que os prazos de construção da extensão de saúde do Luso se dilatem, sensibilizar o governo para dotar a rubrica aberta pelo anterior governo da extensão de saúde de Barcouço para que possa ser construída com urgência, apoiar a construção da extensão de Saúde da Vacariça, e não baixar os braços em relação à possível extensão na freguesia de Casal Comba, ajudar a garantir acordos com o Ministério da Saúde para que qualquer pessoa possa recorrer aos serviços do novo Hospital da Misericórdia como acontece num hospital público. Na área do desporto e da cultura potenciar as infra-estruturas existentes (melhor gestão dos pavilhões), resolver casos como o cinema do Luso e cine teatro da Pampilhosa, dotar o concelho de melhores Juntas de Freguesia, construir a Câmara Municipal agilizar procedimentos, exigir celeridade nas respostas e envolver as pessoas nas decisões. Há tanto a fazer que não entendo como é que ainda se denota tanta arrogância nos responsáveis do PS na câmara e actuam com tanta calma como se já tudo estivesse feito.

MM: Há muitos anos que os Viveiros Florestais estão ao abandono. Não acha que existe uma falta de vontade politica generalizada em solucionar este problema?
GBM: O que eu acho é que a Câmara já teve a solução na mão e não a aproveitou, podia até nem ser a melhor solução mas pelo menos parte do problema já estaria resolvido.
O que se nota também é que enquanto tínhamos um governo PSD tínhamos um Presidente de Câmara que não perdia uma oportunidade para criticar o governo aproveitando ao mesmo tempo para se promover e se desculpar das coisas que não fazia, e hoje com os problemas mais acentuados não se ouve uma palavra, O financiamento do Centro de Estágios foi esquecido por este governo, os Viveiros estão piores que antes, a Mata Nacional do Bussaco não tem solução à vista, o Piddac foi miserável para o concelho, o orçamento da Câmara foi o mais baixo de sempre, o Secretário Estado que ficou de assinar um protocolo para a reconstrução do cine-teatro da Pampilhosa adia todos os dias a sua vinda, a extensão de Barcouço foi adiada, o concelho esquecido nas “escapadinhas em Portugal”podia citar tantos exemplos só para provar o silencio comprometido do Presidente que trocou a camisola do concelho pela do seu mais recente partido.

Elevação a cidade

«Tudo fazem para desvalorizar o projecto»


MM: Foi o responsável principal pela elevação da Mealhada a cidade. Passados estes anos, o que acha que mudou e que benefícios trouxe essa elevação?
GBM: Procurei com esse projecto trazer orgulho à nossa terra, dignificar o nosso concelho, sei que foi bem acolhido pela população e só lamento o comportamento irresponsável e mesquinho de alguns dirigentes socialistas. Tudo fizeram e continuam a fazer para desvalorizar não permitindo explorar as oportunidades criadas, apenas porque o projecto é meu. Prova da intriga que procuraram fazer é que ainda hoje com a maioria no parlamento têm vergonha de avançar com os projectos do Luso e da Pampilhosa que na altura apenas serviram interesse partidários passando por cima e usando os sentimentos
das pessoas.
(Ler entrevista na íntegra na edição imprensa nº142 do Semanário Mealhada Moderna)