quinta-feira, 11 de junho de 2009

Investigador Sandro Alves premiado


O jovem investigador mealhadense Sandro Alves acaba de ser premiado no encontro da Sociedade Portuguesa de Neurociências (SPN), que decorreu no passado fim-de-semana, em Braga, com o galardão de Artigo de Destaque 2008, através de um texto que escreveu para a revista “Human Molecular Genetics”, sobre os desenvolvimentos na investigação em torno da doença de Machado-Joseph
“Pela primeira vez se publica um estudo pré-clínico em ratos mostrando de forma clara que é possível reduzir de forma bastante robusta os sinais neuropatológicos desta terrível doença”, referiu ao Mealhada Moderna Sandro Alves, acrescentando que “foi através deste estudo que se identificou uma região cerebral – o estriado, que é afectado pela patologia, podendo ser afectado pela coreia e distonia (sintomas) observados em grande número de doentes afectados por aquela doença”.
Nesta reunião da SPN, que se realiza de dois em dois anos, o investigador mealhadense recebeu “uma valor monetário simbólico”, mas que não deixa de ser “o reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos, bem como a motivação para o trabalho na área das ciências biomédicas e, em particular, na neurociência, de modo a que num futuro próximo possamos oferecer mais esperança àqueles que são afectados por doenças neurológicas”.
A Sociedade Portuguesa de Neurociências, com este prémio Artigo Destaque visa distinguir os melhores artigos científicos publicados em revistas de “elevado impacto”, podendo atribuir até um total de quatro prémios nas áreas de “Neurobiologia Celular e Molecular; Neurofarmacologia, Neurofisiologia de Sistemas e Comportamento, Neurobiologia de Doenças”.
Com um já interessante currículo, com destaque para a investigação relacionada com a doença de Machado Joseph, da qual resultaram importantes descobertas, Sandro Alves trabalha no sei pós-doutoramento no hospital francês La Pitié Salpêtrière, onde se encontra a investigar outra doença neurológica: “Ataxia Espino Cerebelosa do Tipo 7”, que, segundo o próprio, baseia-se em “tentar, por terapia genética, reverter os sintomas inerentes à patologia”.

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