O presidente da Câmara da Mealhada, Carlos Cabral, vai assistir ao debate do próximo dia 27, que vai debruçar-se sobre a questão do encerramento do ramal ferroviário da Figueira da Foz, organizado pela assembleia municipal, mas dá nota de que “é estranho a Câmara ter sido afastada do processo” e avisa que “se é uma acção para ultrapassar a Câmara, pela esquerda ou pela direita, pelo menos que consiga resultados”. O autarca, que diz ter recebido um convite igual a tantos outros para estar presente aponta que a iniciativa revela “a inversão do que são os órgãos autárquicos”.
“Se a ideia é juntar as pessoas numa amena cavaqueira para falar do assunto, eu também gosto e aprende-se sempre mais um pouco”, ironizou Carlos Cabral, questionado sobre a sua presença no debate da próxima sexta-feira, acusando o facto do executivo municipal não ser tido nem achado para esta questão.
“Há uma inversão do que são os órgãos autárquicos pois se o debate fosse sob uma perspectiva académica tudo bem, mas agora não vejo bem que seja uma assembleia municipal a liderar a reivindicação de um problema comum a quatro municípios e que os próprios estão a tratar em conjugação com a Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego”, frisou.
Acreditando que “ninguém vai dizer nada” neste debate, ou mesmo “ninguém vai explicar porque a linha não está a funcionar”, Carlos Cabral diz que vai fazer jus ao convite que recebeu e estará presente na plateia “como um mero espectador da iniciativa”.
Rejeitando que o debate possa ter qualquer aproveitamento político-partidário, o presidente da Câmara reiterou que “estranha porque a Câmara foi afastada do processo” mas “como é um assunto que interessa não só ao Município da Mealhada mas também a toda a região, tudo farei para estar presente, o que não será o mesmo que intervir”. “Não esqueçamos que os órgãos executivos dos municípios, na ordem jurídico-democrática, são as Câmaras Municipais”, concluiu.
(ver desenvolvimento na ed. impressa)
Sem comentários:
Enviar um comentário