quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"No PS não existem insubstituíveis"



Falando da sucessão de Carlos Cabral, Arminda Martins, vereadora socialista na Câmara da Mealhada, diz que “no PS não existem insubstituíveis”. A vereadora, que nunca escondeu a sua simpatia por Rui Marqueiro, diz que o seu relacionamento com os restantes vereadores socialistas no executivo “será perfeitamente normal”; Recusa a ideia de poder ser a “voz discordante” no seio da equipa que integra, lembrando que “o facto de pertencer a um grupo não é motivo para dizer “Amem” a tudo”. Em entrevista ao Mealhada Moderna, Arminda Martins promete “frontalidade, verticalidade e ideias algumas vezes muito próprias” neste seu mandato como vereadora


Mealhada Moderna (MM): Queixou-se várias vezes na Assembleia Municipal em relação ao tratamento dado pelo anterior executivo municipal à freguesia de Antes. Acha que a freguesia ganhará com a sua eleição para a vereação?
Arminda Martins (AM): Obviamente que ganhará. Por um lado, o facto de ali ter nascido e ali viver, permite-me um conhecimento mais aprofundado da freguesia e dos seus problemas, o que obviamente em relação às demais freguesias do concelho, que também conheço bem, é uma vantagem. Por outro, a eleição de um vereador de uma qualquer freguesia dará um reforço de representatividade na Câmara Municipal, permitindo uma maior proximidade ao órgão executivo e decisor.

MM: Em que é que a freguesia foi penalizada, na sua opinião, pelo anterior executivo camarário?
AM: É verdade que reclamei do tratamento dado pelo anterior executivo à minha freguesia enquanto membro da Assembleia Municipal. Nunca me ouviu dizer que havia sido penalizada. A verdade é que muito do que se fez foi na parte final do mandato e não concordo com este tipo de procedimento.
Senti juntamente com o presidente de Junta, o Sr. Benjamim, algum desprendimento por parte de alguns elementos do anterior executivo em relação à freguesia de Antes. Devo também registar que a partir de determinada altura esse posicionamento foi francamente alterado.

MM: Acha que está em condições de garantir o que prometeu à freguesia de Antes, na campanha eleitoral, quando disse que com a sua eleição ficarão garantidos e acautelados todos os interesses da população em especial de Antes?
AM: Não fiz promessas à minha freguesia, apenas apelei ao seu apoio na equipa que integrava e da qual já conheciam o trabalho e dedicação de alguns dos seus elementos.
Pelo que, em conjunto com os demais membros da vereação, julgo estar à altura de contribuir para tornar possível a realização em pleno do programa do Partido Socialista, para todo o concelho e em especial para a freguesia de Antes.

MM: Como antevê o mandato em termos de relacionamento com os restantes vereadores socialistas, tendo em conta que o seu nome foi imposto pela concelhia do partido e a sua conotação à “facção” de Rui Marqueiro?
AM: O meu relacionamento com os restantes vereadores socialistas será perfeitamente normal, e outra coisa não seria de esperar.
Apenas sou mais um ser vivo com algumas convicções, algumas ideias próprias, que jamais colocará em causa a unidade do projecto do Partido Socialista, para o concelho da Mealhada.
Devo lembrar que apareço na lista para a Câmara não por uma imposição de nomes, mas sim de uma negociação interna do PS, onde àquela data existiam dois projectos distintos, em que o projecto da maioria se disponibilizou a chegar a um entendimento com o projecto da minoria. Foi tão simples quanto isto. Quanto à minha conotação com Rui Marqueiro e com os projectos que tem encabeçado, apenas devo salientar que são públicas as minhas posições, e nada tenho a esconder.
Pelo que o meu relacionamento será em tudo semelhante ao que tive por exemplo durante a recente campanha eleitoral com todos os candidatos e autarcas. Para mim, os interesses do PS estarão sempre e em todas as circunstâncias acima de tudo.


(entrevista completa na ed. impressa do MM de 2 Dez.)

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