O actual presidente da direcção da Meagri - Cooperativa Agrícola do Concelho Mealhada, Octávio Pereira, foi reeleito para um novo mandato nas eleições realizadas no passado domingo, às quais concorreu apenas uma lista. Entre as acções para o próximo triénio está a redução de custos para uma “gestão equilibrada e sustentável” face à “crise crónica do sector agrícola”.
Octávio Pereira acaba de ser eleito para um novo mandato como presidente da Meagri numa equipa sem grandes novidades, excepto o regresso à direcção do ex-presidente da assembleia-geral, Júlio Costa.
Nas pouco participadas eleições do passado domingo, foi votada a equipa que vai gerir os destinos da cooperativa por um período de três anos, tendo já apontado alguns dos objectivos para este mandato, começando pela execução de um projecto de financiamento de todas as actividades com a finalidade de “reduzir, drasticamente, os custos fixos, para permitir uma gestão equilibrada e sustentável”, para além de manter a realização de cursos de formação profissional e dar cumprimento ao protocolo assinado com a Lacticoop para liquidação do montante das ajudas concedidas para obras de beneficiação e modernização do novo armazém-sede.
Nas apostas para o novo mandato, os responsáveis da Meagri pretendem celebrar um protocolo com o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e Pescas, que vise a execução do benefício fiscal do gasóleo agrícola e mais serviços da sua dependência. É também intenção da nova direcção promover viagens com associados e dinamizar a participação dos associados no dia-a-dia da cooperativa.
“Problemas de tesouraria mas Meagri está a cumprir”
No começo de mais um ciclo e no encerramento do anterior, Octávio Pereira fez, ao Mealhada Moderna, o balanço do último mandato, considerando-o “altamente positivo, mas de insatisfação perante a crise crónica do sector cooperativo e agrícola”.
Num mandato marcado pela contestação da Meagri ao arresto feito pela Lacticoop, que permite actualmente à cooperativa pagar, através de protocolo já celebrado, o montante das ajudas concedidas para as obras, a Meagri vive com “alguns problemas de tesouraria, que estão a ser ultrapassados”, fruto de “elevados investimentos realizados e da crise do sector e global”, apontou o reeleito presidente, concluindo que “continuam a ser cumpridos todos os compromissos com a segurança social, bancos, finanças e fornecedores”.
Octávio Pereira justifica a recandidatura pelo facto de “faltar executar um projecto que vai permitir a gestão equilibrada e sustentada da cooperativa”. Questionado sobre o que pode acontecer de relevante no próximo mandato, o presidente aponta que passará por “cumprir o programa apresentado aos associados e a demissão dos actuais órgãos sociais da Lacticoop, incluindo o director financeiro”.
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