terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pai de juíza em prisão preventiva por matar ex-genro

Vai ficar em prisão preventiva a aguardar julgamento o homem que terá disparado sobre o ex-genro, na manhã do passado sábado, determinou o juiz de instrução do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Águeda numa longa audição ao arguido até ao princípio da noite desta segunda-feira.
Ferreira Silva, 62 anos e engenheiro agrónomo, é o principal suspeito da morte do ex-genro, Claúdio Rio Mendes, um advogado do Porto, de 35 anos, que foi baleado num parque de merendas da Mamarrosa (Oliveira do Bairro) quando fazia a visita semanal à filha, de quatro anos, no âmbito da regulação do poder paternal depois do divórcio com a filha do homicida confesso, a juíza Ana Carriço.
Discussões entre o advogado e a família da ex-mulher terão estado na origem do diferendo que acabou com o ex-sogro a puxar por um revolver e disparar à queima-roupa matando Cláudio Rio Mendes, na presença da filha, neta e outros familiares presentes.
Ferreira Silva abandonou depois o local, acompanhado dos familiares, informou a família do advogado do que tinha feito e entregou-se no posto da GNR de Bustos.
O crime ocorreu por volta das 11h30, altura em que o advogado se encontrou com a juíza naquele parque da Mamarrosa. O ex-casal tinha a correr em tribunal um processo de regulação paternal, sendo que a vítima por ora só poderia ver a filha quinzenalmente, durante uma hora.
Neste encontro, onde ambas as partes levavam testemunhas, o desfecho foi trágico como constataram a namorada de Claúdio e a sobrinha dela, assim como a filha do ex-casal, Ana Carriço e uma tia-avó.
Ferreira Silva terá disparado cinco tiros, dos quais três atingiram a vítima no peito e nas costas.
Cláudio Rio Mendes, de 35 anos, foi durante muitos jurista na Câmara do Porto. Ana Carriço é juíza na Comarca do Baixo Vouga, em Ílhavo.

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