sábado, 24 de fevereiro de 2007

URGÊNCIAS EM CANTANHEDE

CÂMARA E MINISTRO TENTAM ACORDO


Na sequência da audiência solicitada ao ministro da Saúde, o presidente da Câmara Municipal de Cantanhede reuniu esta semana com aquele governante, a quem reiterou a posição do Município de Cantanhede contra o encerramento do serviço de urgência do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede. No encontro, o ministro propôs um protocolo, mas Cantanhede reivindica mais propostas, não contidas no documento.
Na ocasião, o presidente da Câmara de Cantanhede insistiu na pertinência das razões que sustentam essa posição, razões essas fundamentadas no documento técnico elaborado pelo Município de Cantanhede, o qual contraria a generalidade dos pressupostos utilizados pela Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências para justificar a sinalização do serviço de urgência do Hospital de Cantanhede para encerramento.
Cantanhede continua a defender a «indiscutível utilidade» do serviço de urgência do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, quer no que diz respeito ao acesso de doentes e sinistrados do Município de Cantanhede e de outros concelhos limítrofes a cuidados médicos em tempo útil quer também do ponto de vista económico.
Na sequência das insistentes diligências desencadeadas pelo Município junto do Ministério da Saúde, na defesa do serviço de urgência do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, na reunião, o ministro da Saúde propôs ao presidente da Câmara Municipal de Cantanhede que subscrevesse um protocolo que refere que o Hospital de Cantanhede acomodará nas suas actuais instalações da urgência um serviço de atendimento para casos agudos do foro ambulatório, em horário alargado, das 08h00 às 24h00, nos dias úteis, com acesso directo aos MCDTs (Meios Complementares de Diagnóstico) do Hospital, que cobrirá a maior parte da actual procura da urgência.
Face à solução preconizada no protocolo, que no essencial corresponde a uma alteração do cenário de encerramento do serviço de urgência do Hospital de Cantanhede proposto pela Comissão Técnica, o presidente da autarquia fez saber que pretendia discutir o documento com os agentes de Saúde e todas as forças políticas do Concelho.
Nesse sentido, realizou já uma reunião com representantes de todas essas entidades, onde foi discutido o teor do protocolo tendo em vista a tomada de uma posição sobre o documento.
Na sequência dessa reunião, o presidente da Câmara apresentou superiormente mais uma série de propostas sobre medidas a implementar pelo Ministério da Saúde para melhorar a prestação de cuidados de Saúde no Município de Cantanhede, designadamente as seguintes:

-Que no Hospital de Cantanhede o serviço de atendimento em horário alargado para casos agudos do foro ambulatório funcione também aos fins-de-semana e não apenas nos dias úteis;
– Que os meios complementares de diagnóstico do Hospital de Cantanhede (análises clínicas, electrocardiograma, Raio X) funcionem durante todo o horário do serviço de atendimento em horário alargado, no sentido de suprir as dificuldades actuais, já que presentemente as análises clínicas e electrocardiogramas funcionam só até às 17.30 horas e o Raio X até às 22 horas.
– Que entre em funcionamento, 24 horas por dia, uma AMBULÂNCIA SIV (Socorro Intermédio de Vida), com pessoal especializado, unidade móvel de urgência considerada essencial para complementar a acção dos Bombeiros Voluntários neste domínio;
– Que sejam requalificadas as extensões de Saúde do Concelho;
– Que haja garantias para que o Hospital de Cantanhede venha a ter consultas nas especialidades mais solicitadas, designadamente neurologia, urologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, por forma a dar resposta cabal às crescentes solicitações da população do Concelho de Cantanhede;
– O Hospital de Cantanhede deverá dispor de 32 camas para cuidados continuados de convalescença, 14 camas para cuidados paliativos e 6 camas para cirurgia, devendo ainda ser criada uma unidade de AVC, ou outras.

Sem comentários: