domingo, 7 de maio de 2006

LUSO

LOJISTAS DO MERCADO CONTRA «EVENTUAL» MUDANÇA


Lojista e fregueses do Mercado do Luso estão contra uma eventual mudança de local daquele espaço. Uma possibilidade defendida na última assembleia de freguesia do Luso, por um dos membros da assembleia. O Mealhada Moderna foi falar com os lojistas e clientes para perceber como é que encaram essa possibilidade.
“Condições mais condignas”, essa sim, são reivindicadas pela maioria dos lojistas do referido mercado. Recorde-se que na passada Assembleia de Freguesia do Luso, Raul Aguiar defendeu que seria no Forno, na zona alta do Luso, a localização ideal para as novas instalações do Mercado do Luso. O referido terreno, pertença da Sociedade das Águas de Luso, teria de ser adquirido à empresa.
Em unanimidade, os comerciantes do local dizem não concordar com uma eventual mudança de local. Alguns, recusando-se até a sair, se fosse caso disso. Uma das mais antigas lojistas no local, garante, “teriam de me vir tirar daqui à força”.
Apesar da importância que consideram ter um novo parque de estacionamento, para fazer face à procura de quem vem ao Luso, os comerciantes do referido mercado, consideram que o terreno a adquirir à Sociedade, poderia facilmente resolver esse problema. O contrário, que visava a localização do Mercado nesse espaço, servindo o actual terreno onde se encontram as infra-estruturas, há largos anos, para a construção de um parque de estacionamento, é uma hipótese que nem sequer admitem.

Clientes discordam

Quem também demonstrou descontentamento com essa possibilidade foram alguns dos clientes do Mercado do Luso. Foram várias as vozes que, de imediato, se levantaram, formando um coro com os lojistas.
Maria de Lurdes, uma das freguesas, residente na vila, lembra que actualmente o mercado está no centro. Até porque, “uma grande parte dos fregueses, que frequentam as actuais instalações, têm dificuldades para se deslocarem”, refere. “Não faz qualquer sentido descentralizarem a localização do mercado. Seria um duro revés, quer para clientes, como para os lojistas”, considera.
João Rocha, outro dos habituais clientes do mercado do Luso, recorda que desde sempre ali fez as suas compras. Segundo diz, a descentralização das infra-estruturas provocaria graves problemas. “Até porque, alguns clientes deixariam de frequentar o local, o que não seria bom para os lojistas”, frisa.
(lER NOTÍCIA NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO 138 DA EDIÇÃO IMPRENSA)

quarta-feira, 3 de maio de 2006




REUNIÃO DA CÂMARA DA MEALHADA

INCÊNDIOS AQUECERAM DISCUSSÃO



Foi a questão dos incêndios que aqueceu a discussão, na última reunião do Executivo da Câmara Municipal da Mealhada. Carlos Marques, vereador da bancada laranja, alertou para o facto de não haver um plano estratégico definido, para a prevenção e combate a esse flagelo. A discussão deu-se na passada quinta-feira, curiosamente, uma semana após uma palestra que decorreu sobre a temática da floresta, na Pampilhosa

Renato Duarte


A palestra organizada pelo Movimento Cívico Odete Isabel, sobre «que floresta queremos», que decorreu na Pampilhosa, serviu de pretexto para a oposição social democrata, pela voz de Carlos Marques, reivindicar a necessidade de ter “outro tipo de preocupações”, para prevenir “eventuais catástrofes” nessa área.
Ainda no período antes da ordem do dia, o vereador avançou mesmo com propostas, alertando para a “importância que teria um gabinete técnico florestal”. Carlos Marques transmitiu ainda algumas críticas, que terão sido feitas à autarquia, durante a acção, lamentando ainda a ausência de Carlos Cabral, que não esteve presente na mesma.
Em resposta, o presidente da Câmara justificou a sua ausência com “motivos particulares, de ordem familiar”. Ainda assim, lembrou que apesar de não ter estado presente, a vice-presidente, Filomena Pinheiro, “esteve em representação da autarquia”.

“Lei não obriga”

Quanto às críticas, Cabral lembrou que o concelho da Mealhada foi “um dos que registaram menor taxa de área ardida”, no último Verão. “Aproximadamente, 90 por cento dos incêndios que afectaram a Mealhada tiveram origem noutros concelhos limítrofes”, afirmou.
Relativamente às afirmações do comandante dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, que lembrou o facto de não existir no concelho um plano municipal de defesa da floresta, o autarca garantiu que “essa não é uma obrigatoriedade”. “Tal como não obriga que tenhamos um gabinete técnico florestal”, acrescentou. Quanto ao remetente da afirmação, Cabral lembrou que “as corporações de bombeiros do concelho, não se podem queixar do apoio que lhes tem sido prestado pela Câmara”.
Carlos Marques insistiu, lembrando que “o Executivo não deve apenas fazer aquilo que a lei obriga”. “Há casos em que devemos ir mais além, tal como este”, acrescentou.

“Pioneiros na vigilância”

Ainda na opinião do vereador social democrata, “o facto de não termos sido tão devastados por incêndios, quanto o foram outros concelhos, isso não significa que nos devamos acomodar”. “É necessário prevenir”, alertou.
Filomena Pinheiro, a representante da autarquia na palestra, questionou a validade da mesma. “Era uma acção que visava reflectir sobre que floresta queríamos, mas acabou por motivar apenas discussões sobre incêndios. Algumas das pessoas que estiveram nessa acção, tinham apenas o intuito de provocar”, considerou.
Quanto à inexistência de um plano de defesa da floresta no concelho, a vice-presidente lembrou que, “até aqui, esta não se tem revelado fundamental”. Posto isto, Filomena Pinheiro optou por lembrar que a Mealhada, “foi um dos primeiros concelhos a ter brigadas de vigilância, na época de Verão”.
(lER TEXTO NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO Nº138 DO SEMANÁRIO MEALHADA MODERNA)