quinta-feira, 28 de dezembro de 2006


ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ANADIA

ORÇAMENTO, PROTESTOS E MOÇÕES


Foi bem recheada a última assembleia municipal do ano em Anadia. O objectivo era votar o Orçamento e Plano, mas a reunião acabou por ficar centrada nas moções contra o encerramento das Urgências e o eventual fecho da Estação Vitivinícola. Pelo meio, um voto de protesto contra a nova Lei das Finanças Locais



A votação do Orçamento e Plano de Actividades da Câmara de Anadia, avaliado em 19 milhões de euros era o tema central agendado para a reunião da Assembleia Municipal realizada no último sábado. Mas o que se desconhecia era que a reunião acabaria por centrar as suas atenções nas moções e voto de protesto apresentados no período de antes da ordem do dia.
O possível encerramento das Urgências do Hospital de Anadia está, de facto, a preocupar toda a comunidade local, e isso ficou evidente nesta assembleia. Todas as bancadas políticas se pronunciaram sobre a matéria, tentando encontrar razões, explicações e fazendo comparações com outras unidades hospitalares, ficando evidente que o encerramento daquele serviço é já mais que provável.
Essa probabilidade ficou expressa nas palavras de Litério Marques, presidente da autarquia. Dando conta de um encontro que manteve com a tutela, há poucos dias, onde o tema central foi o futuro do Hospital de Anadia, o autarca deixou claro que regressou do encontro com a secretária de Estado da Saúde, com a sensação de que, de facto, o encerramento das Urgências em Anadia pode mesmo acontecer.
Perante estas palavras, a bancada da CDU não perdeu tempo, apresentando uma moção contra esta possibilidade de fecho das urgências. «Não devemos cruzar os braços, mas antes protestar com todas as nossas forças», referiu o deputado João Morais da CDU. Uma moção que inicialmente contemplava a realização de uma vigília, mas cuja pretensão acabou por ser retirada, depois de muita discussão sobre a matéria, já que os deputados socialistas diriam que nunca poderiam votar a favor de moções que «desvirtuam o seu sentido, introduzindo-se coisas que não passam de tentativas de fazer política». «Não apoiamos moções baseadas em especulações», acrescentaria o socialista Cardoso Leal.
Por seu lado, Sérgio Aidos (PSD), presidente da Junta de Freguesia de Sangalhos, foi mais longe na sua indignação sobre esta matéria e quis comparar o Hospital de Anadia ao de Águeda. «Águeda não tem condições melhores que o Hospital de Anadia e vai continuar a funcionar com as suas urgências. Isto será porque em Águeda, o poder pertence ao PS e em Anadia ao PSD?», interrogou-se o autarca. Uma dúvida que parece também ser partilhada por Litério Marques que, logo a seguir, acrescentou: «Toda a gente sabe que as condições físicas do Hospital de Águeda não são melhores que as nossas… nota-se aqui alguma diferenciação de tratamento».
A bancada do PS rejeitou a comparação feita. Para a socialista Áurea Mendes, as pessoas não se podem esquecer que em Águeda, «as urgências funcionam com várias especialidades, enquanto em Anadia não existem especialidades, as condições físicas não são tudo». A acrescentar a isto, Daniel Meira (PS) diria que «muita da responsabilidade disto é da administração do hospital, pois é a ela que compete administrar o quadro clínico»
Colocada à votação, a moção contra o encerramento das Urgências do Hospital acabaria por ser aprovada.
O mesmo sentido de voto foi dado à moção apresentada pelo PSD, manifestando-se preocupada com o eventual encerramento da Estação Vitivinícola da Bairrada.

(LER NOTÍCIA NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO IMPRESSA DE 27-12-2006)

Assembleia Municipal da Mealhada

Cabral ignorou dúvidas da oposição… que ficou em «brasa»


A bancada do PSD na Assembleia Municipal nem queria acreditar. Colocou uma série de dúvidas sobre o orçamento e opções do plano da autarquia para 2007. Mas Carlos Cabral ignorou as perguntas. Quem não se conteve foi o social-democrata Mano Nunes. Inconformado com a atitude, não hesitou em chamar de «arrogante, prepotente e autista» ao presidente da edilidade. Indignados, aos social-democratas só restou votaram contra o documento, valendo a maioria socialista para validar o Orçamento da autarquia para 2007


Isabel Gomes Moreira

Mano Soares foi quem mais se insurgiu contra a atitude do presidente da Câmara, ao não responder às questões levantadas pelo social democrata António Miguel Ferreira, considerando o acto “uma desconsideração” por parte do edil.
António Miguel Ferreira questionava o presidente sobre as previsões das receitas: “Sobre as receitas de capital, verificámos que em 2006, dos 7.684.642, 00 euros, somente foram cobradas, até 11 de Dezembro, 3.159.521,00 euros”, que em termos percentuais dá um valor de 41% de cobrança. Será este valor excessivamente baixo?”, questionou o membro social democrata, falando ainda na receita que a Câmara prevê arrecadar com a venda de terrenos e edifícios, interrogando-se “se não será essa uma previsão demasiado optimista?”.
António Miguel Ferreira questionava ainda o executivo sobre “a elevada quantia colocada na rubrica outras”, que segundo o social democrata “corresponde a 3,11% das receitas previstas neste orçamento”.
O membro social democrata lançou ainda outras questões, nomeadamente sobre as razões que justificam “uma previsão da diminuição de receita, em cerca de 7% em relação ao ano passado” e sobre “a diminuição de verbas atribuídas às associações culturais e recreativas”.
As perguntas de António Miguel Ferreira não se ficaram por aqui, querendo ainda saber se a Câmara “tem garantias governamentais ou protocolos que permitam inferir que a plataforma rodoferroviária da Pampilhosa vai mesmo avançar” e se a “verba incluída em orçamento de 2006 para a remodelação da Av. Navarro no Luso foi utilizada”.
António Miguel Ferreira, durante a sua intervenção, criticou ainda “o secretismo” à volta do campo de golf da Pampilhosa, questionando Carlos Cabral sobre “se será este ano que vamos ter algo de concreto sobre esta matéria”.
A intervenção de António Miguel Ferreira surgiria após as explicações de Carlos Cabral sobre o orçamento: “este documento tem uma característica fundamental: o rigor”. O presidente da Câmara, durante a sua intervenção, destacaria ainda algumas das “apostas” da Câmara, falando nomeadamete da zona industrial da Pedrulha, plataforma rodoferroviária da Pampilhosa e o reforço no sector da educação.
“Estamos esclarecidos quanto à posição do PSD”, disse Cabral em resposta a António Miguel Ferreira, que disse que “só o executivo socialista é reponsável pelas suas opções, uma vez que não ouviu os membros das outras forças políticas”. Parco em palavras o presidente fez dois ou três esclarecimentos e depois disse: “fico-me por aqui”.
“Obrigado pelo não esclarecimento”, disse António Miguel Ferreira.

(LER NOTÍCIA NA ÍNTEGRA EDIÇÃO IMPRESSA 27-12-2006)

terça-feira, 29 de agosto de 2006

Tocha
Complexo Desportivo apresentado

Amanhã, quarta-feira, dia 30 de Agosto, pelas 17 horas vai ser apresentado o Complexo Desportivo da Tocha. Na sequência da visita às instalações, o União Desportiva da Tocha irá defrontar a Naval 1º de Maio, num encontro de futebol que marcará a estreia do relvado principal, onde a equipa local irá realizar alguns encontros, o primeiro dos quais já no próximo dia 3 de Setembro, na primeira eliminatória da Taça de Portugal .
A inauguração do Complexo Desportivo da Tocha será agendada logo que estejam concluídas todas as obras, o que deverá acontecer no final do mês de Setembro. A abertura oficial, que está já a ser preparada, contempla, entre outros aspectos, a realização de um torneio de escolas de futebol de várias zonas do País, e mais um jogo entre o União Desportiva da Tocha e outra equipa da Primeira Divisão Nacional.
O Complexo Desportivo da Tocha está localizado próximo do Campo de Futebol das Levadias, numa área situada a poente do núcleo urbano da Vila, no limite Norte da Zona Industrial.
Fazem parte do complexo um campo em relva natural com dimensões oficiais para a realização de competições internacionais e que tem numa das laterais uma bancada central com capacidade para 1000 espectadores. Além disso, no topo poente do relvado principal foi construído um campo secundário em relva artificial, também com dimensões oficiais para a realização de competições internacionais. Trata-se de um recinto que permite a realização de treinos e jogos em regime intensivo, quaisquer que sejam as condições atmosféricas, sem necessidade de manutenção que normalmente é exigida nos campos de relva natural.

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

FILARMÓNICA PAMPILHOSENSE DE LUTO

MORREU O MAESTRO MANUEL PLENO

O Maestro Manuel Lindo Pleno, que actualmente dirigia esta Banda, faleceu na passada terça-feira (23 de Agosto) no Hospital Militar de Coimbra.
Natural da Pampilhosa, começou a estudar Música aos sete anos com o seu pai JoaquimPleno, estreando-se na Filarmónica Pampilhosense no instrumento de caixa, mudando depois para requinta. Com 18 anos alistou-se no Exército, na Banda de Música do RI 12, emCoimbra. Em 1956 fez Exame para 1.º Cabo Músico e no mesmo ano efectuou o Exame paraFurriel Músico. No ano seguinte foi promovido e colocado na Banda do RI 16, em Évora,como solista em clarinete sib. Em 1959 iniciou a sua carreira como regente na FilarmónicaLorvanense. Em 1964 fez parte da Orquestra Cívica de Lourenço Marques - Moçambique. Foiregente da Escola do Grupo Amadores de Música Eborense, da Banda CarlistadeMontemor-o-Novo, da Banda de Estremoz, Casa do Povo de Penacova, Santana Ferreira, B. V.Espinho e Pinheiro da Bemposta. Em 1978 frequentou o curso para promoção a Sargento-chefe. Colocado como subchefe da Banda da RMC, formou a Orquestra Ligeira, sendo de seguida transferido para o RIP, como professor de Música no curso de formação de Sargentos. Em 9 de Junho de 1979, foi promovido a Sargento-mor Músico e colocado como subchefe da Banda do Exército. Em 1990, devido à enfermidade de seu pai, passou a dirigir a Filarmónica Pampilhosense e a de Anadia. Frequentou ainda, em Lisboa, no Conservatório Nacional, o Curso de Pedagogia Musical, tendo como Professores Jos Wuytack, Margarida Amaral e Verena Maschat. Actualmente dedicava-se à Composição e Formação de jovens músicos na Filarmónica Pampilhosense, sendo o seu Maestro titular. Faleceu aos 69 anos,vítima de doença.
Praia da Tocha recebe Concurso «Construções na Areia»

Hoje, 24 de Agosto, a partir das 10 horas, realiza-se na Praia da Tocha mais uma edição da fase regional do concurso «Construções na Areia», iniciativa do Diário de Notícias que se realiza todos os anos em diversas praias de Norte a Sul do País. De acordo com o regulamento, podem participar crianças de ambos os sexos, dos 6 aos 14 anos, divididas em duas categorias: a categoria A, dos 6 aos 10 anos, disputa uma prova com a duração de 50 minutos; a categoria B, dos 11 a 14 anos, contempla um período de 60 minutos para elaboração dos trabalhos.
As inscrições são gratuitas e limitadas a 30 concorrentes em cada uma das categorias, os quais, munidos do respectivo Bilhete de Identidade, devem comparecer no recinto onde se realiza o concurso 30 minutos antes da hora marcada para o seu início. Cada participante terá uma área aproximada de 4 m2 para realizar a sua construção, podendo utilizar para o efeito conchas, plantas, algas marinhas, seixos, anilinas (solúveis em água), e apetrechos próprios para esculpir, bem com recorrer a um balde de plástico para transporte de água. A organização do concurso «Construções na Areia» escolheu a Praia da Tocha para realização de mais uma importante jornada da prova depois de ter procedido a uma rigorosa avaliação das condições existentes. Na sequência disso, a Câmara Municipal de Cantanhede disponibilizou-se a apoiar logisticamente a iniciativa, na perspectiva de que se trata de um excelente meio de promoção da reconhecida qualidade balnear da Praia da Tocha.

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Equipa de Futsal do Benfica no Luso

O Pavilhão Municipal do Luso vai acolher, entre os dias 21 de Agosto e 3 de Setembro, a equipa de Futsal do Sport Lisboa e Benfica, que aí realizará o seu estágio.

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Homero Serra e Jorge Carvalho, da Junta de Freguesia do Luso

“As termas são o patinho feio”

“Temos que estar alarmados porque de facto, o futuro não se afigura risonho. Se não há movimento, as pessoas vão sendo obrigadas a fechar portas”, diz o presidente da Junta de Freguesia do Luso, Homero Serra, a propósito da diminuição de turistas. O autarca, em entrevista ao nosso jornal, diz ainda que as termas têm sido o “patinho feio” da Sociedade da Água de Luso. Considerando que o Luso tem condições ímpares, Homero Serra recorda a necessidade de revitalizar as termas e defende que a criação de um estabelecimento de ensino privado ajudaria ao desenvolvimento daquela localidade

Renato Paulo Duarte

Mealhada Moderna (MM): O Luso é um pólo turístico por excelência?
Homero Serra (HS): O nome Luso-Buçaco é conhecido mundialmente, pelas suas infra-estruturas. Agora, é um facto que estão a ser mal aproveitadas. Mas continuamos a ser um dos destinos mais desejados da Europa. É fundamental que se concretize a revitalização das termas do Luso, mas também a recuperação da Mata do Buçaco. Neste último caso já se deu o primeiro passo e a Junta de Freguesia teve um papel preponderante, pressionando, junto do poder central, para que houvesse uma intervenção. Já foi conseguido aquilo que consideramos um terço para a recuperação da mata. As outras etapas acabarão por ser ultrapassadas. Os termalistas que eram os dinamizadores do comércio local, não aparecem. E os que aparecem são poucos.

MM: Como vê o processo de revitalização das termas do Luso?
Jorge Carvalho (JC): Aguardamos que, tal como o Dr. Alberto da Ponte afirmou, a Sociedade das Águas de Luso inicie, ainda este ano, todo o processo de revitalização das termas de Luso. Queremos que eles aprovem novos conceitos estratégicos para a actividade termal, fixando e negociando parcerias para a gestão do estabelecimento termal. Isto, aprovando o projecto para as obras tão necessárias no balneário termal. Aguardamos que isso se faça de acordo com o que foi prometido à Câmara Municipal da Mealhada, no programa Luso/ 2007. Recordo que esse programa foi divulgado pela SAL em acto público. Essas promessas têm de ser para cumprir. Foi por isso que, no Luso, muita gente acabou por não se opor à adopção da água para o Cruzeiro, na Vacariça. Todos nós temos consciência da importância de dar condições à SAL para manter a água de Luso como líder do mercado, mas o negócio só é bom, quando ambas as partes saem beneficiadas.

MM: Ao nível de infra-estruturas o Luso está, então, devidamente apetrechado?
HS: Sem dúvida que sim. Parque de campismo, centro de estágios, piscina, campos de ténis, entre outras infra-estruturas, são a prova disso. Desde há dezasseis anos para cá, com a gestão socialista, o Luso teve uma evolução fantástica. Ainda há bem pouco tempo tivemos cá os campeonatos nacionais de atletismo, pelo facto de termos uma pista de tartan de excelente nível. Nesse fim-de-semana, pelas informações que temos, não existiam camas vagas no Luso. Isso quer dizer que as infra-estruturas que temos têm ajudado e muito a dinamizar a economia e o turismo da nossa terra.
(Ler entrevista na íntegra na edição nº151 do Semanário Mealhada Moderna)

segunda-feira, 7 de agosto de 2006


Luso

Tradições lembradas em exposição

Durante o mês de Agosto, os antigos escritórios da Sociedade das Águas do Luso são palco de uma exposição sobre Luso e Buçaco. A iniciativa é da Junta de Turismo local, em parceria com a Junta de Freguesia do Luso.
Foram vários os ilustres que, na inauguração, testemunharam o culminar de um processo de pesquisa intensiva, que decorreu durante quase meio ano, para possibilitar a exposição de objectos de “valor incalculável”, para a história de Luso e Buçaco. De resto, foi esta a opinião expressa por Raul Aguiar, administrador da Junta de Turismo daquela região, de onde partiu a iniciativa, em parceria com a Junta de Freguesia do Luso. Estas entidades contaram com o apoio de um grupo de jovens daquela região.
Raul Aguiar era um homem “emotivo demais para falar do Luso e Buçaco”, como o próprio considerou. “Esta região tem para mim um significado ímpar”, disse.
Pelo que, segundo o próprio, “foi com o objectivo de tentar fazer com que os jovens lusenses se apaixonem pela sua terra que nasceu esta ideia”. “Aqui, a vertente de chamar o turismo é sempre importante, mas, neste caso, mais do que isso, é necessário fazer com que quem cá vive passe a conhecer melhor a sua própria terra”, garantiu.

“Património inigualável”

Ainda assim, apesar do sucesso, admite, “uma iniciativa destas nunca fica totalmente como desejaríamos”. Isto porque, neste caso, “houve material que teve que ficar guardado, visto que não tivemos hipóteses de o catalogar”, lembrou.
De resto, esta não é uma iniciativa totalmente pioneira, para a Junta de Turismo Luso Buçaco. Se por um lado, esta foi a primeira vez em que recaiu a escolha sobre este tema, já no ano passado tinha decorrido uma iniciativa semelhante. Desta feita, por ocasião do centenário da morte de Emídio Navarro.
Homero Serra, presidente da Junta de Freguesia do Luso, viu esta como uma “iniciativa excelente, que visa a promoção de um património inigualável”. “As relíquias são muitas vezes esquecidas e este tipo de iniciativas evitam que isso aconteça”, refere.
Também presente esteve Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, que disse ter gostado muito do que viu. Este tipo de iniciativas ajudam a compreender melhor aquele que foi o passado do Luso. Desta forma, “as pessoas do Luso são obrigadas a fazer uma reflexão profunda sobre o seu património”, disse.

quinta-feira, 27 de julho de 2006


Ventosa do Bairro

Rancho Infantil e Juvenil
ganhou autocarro

O Rancho Infantil e Juvenil de Ventosa do Bairro comemorou, no passado fim de semana, o seu 24º. aniversário, tendo recebido como prenda um autocarro de 57 lugares, oferecido pela empresa Construções Marvoense.
No sábado, houve animação com o Grupo da Adabem de Mogofores e com o conjunto Swing, de Mira. No domingo, realizou-se o festival de folclore, em que participaram o Grupo de Folclore Estrelinhas do Sul (Seixal), Associação Recreativa Rancho Regional (Mindelo), Rancho Folclórico “Os Campinos” de Vila Chão de Ourique (Cartaxo), Rancho Folclórico “Tá-Mar” (Nazaré) e Rancho Infantil e Juvenil de Ventosa do Bairro.
O desfile dos grupos foi acompanhado de guarda de honra da GNR.
O presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Carlos Cabral, marcou presença no evento, tendo, na altura, procedido à entrega de algumas lembranças.
Refira-se que o Rancho Infantil e Juvenil é já uma associação constituída, já fez escritura, aguardando agora a publicação em Diário da República, segundo informações do presidente do grupo, António Simões, que lidera os destinos da colectividade há dois anos.
Com várias saídas agendadas, o grupo actua, este domingo, no Luso, a convite da Junta de Turismo do Luso Buçaco.

Câmara fala num aumento na ordem dos 10%

Vaga de calor fez aumentar consumo de água

Tendo em conta a vaga de calor que se fez sentir nas últimas semanas, a Câmara Municipal da Mealhada parece estar a fazer tudo para prevenir eventuais problemas relacionados com o abastecimento de águas às populações do concelho. Filomena Pinheiro, vice-presidente da autarquia, garantiu não haver motivo para alarme, e reafirmou que “tudo está a ser feito para fazer face às necessidades”

Renato Paulo Duarte

Desde há três anos que, por esta altura, a Câmara Municipal da Mealhada move acções de sensibilização junto da população para reduzir ao mínimo o consumo de água. Este ano, face à recente vaga de calor, a preocupação por parte da autarquia também aumentou.
Luso, Vacariça e Casal Comba são as freguesias que fornecem o abastecimento de água para toda a população do concelho. Apesar da vaga de calor, estes aquíferos continuam em condições de continuar a abastecer o concelho. No entanto, se não chover até ao fim do Verão, o cenário poderá ser bem mais preocupante.
É através da distribuição de desdobráveis, entre outras acções, que vêm sendo movidos esforços para reduzir o consumo de água no concelho. Os piquetes estão hoje, mais do que nunca, alerta para evitar que surjam imprevistos.
Filomena Pinheiro, garante que não existem razões para alarme, mas refere que tudo está a ser feito para prevenir.
De resto, na opinião da autarca, esse tipo de acções têm dado frutos. “Nota-se que as pessoas tentam poupar mais do que acontecia há alguns anos. Desde que, há três anos, começámos a apostar neste tipo de politicas, a população está mais sensível”, considera.
Ainda assim, segundo admite, essa moderação no consumo de água pode não ser apenas fruto da sensibilização. Para Filomena Pinheiro, “a própria crise que hoje se abate sobre a população faz com que se olhe a todos os custos”.
(LER NOTÍCIA NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO IMPRESSA Nº150)

quinta-feira, 20 de julho de 2006

Reocnstrução do Cine-Teatro da Pampilhosa
Assinado contrato de financiamento
Foi já assinado o contrato de financiamento, de cerca de 460 mil euros, para a reconstrução do Cine-Teatro da Pampilhosa, entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, a Direcção Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano e o Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa.
Da parte da Câmara Municipal da Mealhada está também aprovado um financiamento de 294 mil euros para a recuperação deste imóvel, distribuídos pelos Orçamentos de 2006, 2007 e 2008.
Será, de imediato, lançado o respectivo concurso, estando prevista a correspondente publicação em Diário da República em meados do mês de Agosto, decorrendo durante 30 dias.
O processo está a ser tratado com celeridade, com vista a que as obras tenham início ainda antes do final do ano. O prazo de execução será de 14 meses.
Para além das verbas já inscritas em Orçamento, a Câmara Municipal da Mealhada está a dar todo o apoio, nomeadamente ao nível técnico, tendo o projecto de reconstrução do Cine-Teatro da Pampilhosa sido desenvolvido, a pedido da Câmara da Mealhada, pelo Gabinete de Apoio Técnico de Coimbra, no qual a própria Câmara está integrada.
O Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, que aprovou o financiamento para a recuperação do Cine-Teatro da Pampilhosa, visitou o imóvel no passado dia 22 de Junho. “Pretendemos dar vida àquilo que foi, durante muitos anos, o coração da Pampilhosa”, disse, então, João Ferrão, para quem esta recuperação significa um “novo fôlego” para o Cine-Teatro da Pampilhosa, que “tem um passado e uma memória de 100 anos”.
Para o Presidente da Câmara Municipal da Mealhada, que detém também o Pelouro da Cultura, esta é uma notícia muito feliz para todo o Concelho da Mealhada e, em especial, para a Vila da Pampilhosa, dadas as tradições culturais daquele espaço centenário que, durante várias dezenas de anos, foi o verdadeiro centro de cultura do Município, tendo sido encerrado, no final dos anos 80 do séc. XX, por motivos de segurança, e que será agora recuperado.



Futebol
Académica estagia no Luso

Jogadores, equipa técnica e dirigentes da Académica /OAF, que estão, desde dia 17 e até ao próximo dia 23, a preparar a pré-época no Centro de Estágios do Luso, foram recebidos no Salão Nobre dos Paços do Município, pela vice-Presidente, Filomena Pinheiro, pelo vereador do Desporto, António Jorge Franco, e pelo vereador José Calhoa.
A vice-Presidente da Câmara Municipal da Mealhada deu as boas vindas, desejando uma “época de sucesso”. “Estamos sempre disponíveis para os acolhermos”, disse Filomena Pinheiro, sublinhando que os equipamentos desportivos do Concelho estão ao dispor do desporto nacional.
Já o presidente da Académica, José Eduardo Simões, elogiou as “belíssimas instalações do Centro de Estágios do Luso”, manifestando o “reconhecimento profundo por todo o apoio que a Câmara Municipal da Mealhada tem dado não apenas ao futebol de formação, mas também aos elementos da estrutura sénior da Briosa
” e fazendo votos para que “o Centro de Estágios do Luso seja talismã para uma grande temporada”.
Escola Secundária da Mealhada

Ano histórico coroado com nova vitória

Foi oficialmente anunciado no início desta semana a vitória da Escola Secundária da Mealhada no concurso “Ciência na Escola”, organizado pela Fundação Ilídio Pinho. Este prémio foi atribuído ao projecto avaliação da qualidade da água no concelho da Mealhada, num estudo feito no Rio Cértima e Ribeira da Vacariça.
Fernando Trindade, presidente do Conselho Executivo da escola, salientou “o sabor da vitória” e garantiu que “esta reflecte uma vez mais a nossa dinâmica”. “Os alunos que integraram o projecto estão de parabéns, tal como os professores de biologia, Guilherme Duarte e Liliana Santos”, acrescentou.
(LER TEXTO NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO IMPRESSA Nº149)
Mealhada

População idosa afectada com calor intenso


A vaga de calor dos últimos dias provocou um aumento do número de pessoas a solicitar o Serviço de Atendimento Permanente do Centro de Saúde da Mealhada. A confirmação partiu de Manuel Nunes, director daquele serviço, que, ainda assim, referiu não ser “nada de extraordinário”.
“A afluência que se tem verificado é normal para esta altura do ano”, referiu. Ainda assim, lembrou, “os cuidados devem ser mantidos”.
Os idosos são, naturalmente, a faixa etária mais afectada, como refere o responsável. “As pessoas com insuficiência cardíaca, ou dificuldades respiratórias, acabam por ser mais afectadas”, disse. “No entanto, não apareceu ainda ninguém em estado crítico”, acrescentou.
De resto, esta é a realidade das extensões de saúde do concelho da Mealhada, que têm sido alvo de alguma procura mais intensa por parte da população idosa. Manuel Nunes não se manifesta “demasiado preocupado”, tendo em conta que, “todos os anos, por esta altura, há um aumento na procura destes serviços”.

quarta-feira, 19 de julho de 2006


Fernando Castro, presidente da Confraria dos Enófilos da Bairrada
"Temos potencial para sermos competitivos"
Nascida há 27 anos, conta com cerca de 400 membros, a mais antiga confraria báquica do país. Actualmente presidida por Fernando Castro, a Confraria dos Enófilos da Bairrada vem contribuindo para inverter um cenário desfavorável junto do mercado para os produtos da região. O responsável abordou os principais problemas do sector e não admite uma possível extinção da Comissão Vitivinícola da Bairrada

Mealhada Moderna (MM): A Confraria dos Enófilos é conhecida pela realização do concurso "Os Melhores Vinhos da Bairrada". Que outras acções desenvolve?
Fernando Castro (FC): Estatutariamente, a confraria visa a defesa dos vinhos da região da Bairrada. Como tal, tem que desenvolver todas as acções que estiverem ao seu alcance para atingir esse desidrato. Um dos actos em que se tem consubstanciado essa sua acção tem sido, efectivamente, o referido concurso dos melhores vinhos da produção, ainda sem marca, mas produzidos na Bairrada e aptos a poderem ostentar essa mesma denominação. Para além dessa, outras actividades que se têm desenvolvido são, por exemplo, acções de divulgação dos próprios vinhos, nos diversos sectores, em conjunto com outras instituições, ou isoladamente. Temos promovido eventos de divulgação da Bairrada, juntamente com outras confrarias, participando em actividades promovidas pelas próprias, sendo estas báquicas ou gastronómicas. Até porque, o vinho é um elemento da gastronomia. Temos também procurado desenvolver acções de formação para os nossos associados, nomeadamente visitas de estudo a outras regiões vitivinícolas do país ou estrangeiro.
MM: Tanto quanto sabemos, a Confraria dos Enófilos da Bairrada é uma das mais antigas, se não a mais antiga, do país. Que balanço faz da sua actividade?
FC: É uma questão delicada. Enquanto confrade, considero que tem cumprido com as suas obrigações, conforme já referi diversas intervenções que considero importantes. Relativamente a outras confrarias, não tenho elementos para avaliar e saber se a postura daquela que presido tem sido tão significativa quanto o deveria ou não ser. Não posso responder nessa perspectiva. No meu mandato, estamos no início e não posso estar a tirar conclusões precipitadas.
MM: Acha que a confraria tem contribuído para a evolução do sector vitivinícola da Bairrada?
FC: Temos passado por momentos mais profícuos do que outros, ao longo destes quase 27 anos de vida da confraria, mas comecemos pelo primeiro: a confraria contribuiu, logo no seu início, de forma marcante, para a delimitação da região demarcada da Bairrada. A existência da confraria é anterior à criação da região demarcada da Bairrada e contribuiu de forma decisiva para isso. Para além das actividades que já referi, a confraria desenvolveu numa ou noutra altura, a discussão de temas, ou jornadas técnicas, sobre os vinhos da Bairrada. Inclusivamente, trouxe até à região especialistas na área do vinho e da vinha, internacionais e estrangeiros.
MM: Quais são as principais apostas e objectivos do seu mandato?
FC: Para o nosso mandato, que começou em Março, temos objectivos bem definidos. Queremos melhorar o funcionamento interno da confraria, tal como pretendemos aproximar a confraria dos seus associados. Procuramos continuar a desenvolver e dinamizar todas as acções que têm vindo a ser executadas. Concretamente, procurámos já dar um novo figurino, com outra visibilidade, a este concurso dos vinhos, promovendo uma adesão mais significativa possível por parte dos produtores. E isso foi conseguido. Quisemos dar mais visibilidade e maior divulgação ao evento, através de revistas e jornais, o que de certo modo foi conseguido. Temos vindo a procurar fazer a apresentação dos vinhos da Bairrada, em conjunto com outras instituições. Nomeadamente no sector da restauração, o que aconteceu por exemplo, durante a Feira do Vinho e da Vinha. Vamos promover algumas acções conjuntas com o Museu do Vinho e da Vinha. Pretendemos estreitar laços com a Comissão Vitivinícola da Bairrada, para dar mais voz à região, numa altura em que se fala em reorganização das regiões vitivinícolas nacionais. Vamos retomar as actividades das viagens de estudo, para associados e todas as pessoas que queiram aderir. No âmbito das comemorações do centésimo curso de vinificação da Estação Vitivinícola de Anadia, vamos também colaborar nessas jornadas, e entronizar dois confrades honorários, que são, normalmente, pessoas de destaque que contribuam de forma decisiva para a resolução da problemática do vinho.
(LER ENTREVISTA NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO IMPRENSA Nº149)

domingo, 9 de julho de 2006

Lions na Expo Mealhada

O jovem Lions Clube de Mealhada faz a sua “estreia” na Expo Mealhada com um stand, onde tem uma quermesse e uma mesa de matraquilhos, com vista à angariação de receitas para apoio à investigação da chamada “doença dos pezinhos”.
Refira-se que a “doença dos pezinhos”, como é conhecida, é uma doença incurável e progressiva em que o doente, no estádio final, pode ficar acamado ou em cadeira de rodas, apresentando em regra fraqueza muscular e atrofias.
A direcção do clube, presidida por Vítor Costa, apela a que todos os visitantes da feira se associem a esta causa e contribuam para o combate a esta terrível doença.

sexta-feira, 30 de junho de 2006

Em recepcionar os Resíduos Industriais Banais (RIB)
ACIB e AEA contra a recusa da ERSUC


A tomada de posição da ERSUC, que se traduziu na cessação da recepção de RIB no Aterro Sanitário de Aveiro é uma realidade que muito transtorno está a causar às empresas da Região. A posição é manifestada pela ACIB e AEA, que decidiram escrever uma carta ao governante que tutela a área.
É verdade que a ERSUC, foi criada para responder aos problemas dos resíduos urbanos mistos, mas não existindo qualquer solução disponível para a gestão dos resíduos das empresas, por falta de alternativas tornou-se também uma solução para os RIB. Cedo se previu que a ERSUC - Aterro de Aveiro, não tinha capacidade de armazenamento até 2010, tal como inicialmente previsto.
«Em todo este processo, é de lamentar que para o distrito de Aveiro não fossem estudadas, e concretizadas antecipadamente, outras soluções alternativas, mais ainda, que o processo de cessação de recepção dos RIB não tivesse sido claro, e fossem dadas às empresas alternativas», referem as associações.
Neste sentido, e no seguimento de outras acções já desenvolvidas, a ACIB – Associação Comercial e Industrial da Bairrada e a AEA – Associação Empresarial de Águeda, enviaram no passado dia 26 do corrente mês, um documento ao Ministro do Ambiente, onde transmitem a sua tomada de posição em relação a esta matéria.
Neste documento são explanadas as dificuldades e constrangimentos que esta decisão veio trazer às empresas da Região e que se traduzem numa perda de competitividade para as mesmas.
É ainda sugerido ao Ministério do Ambiente que adopte uma medida extraordinária no sentido de permitir que o Aterro Sanitário de Aveiro receba os RIB das empresas, medida esta que deveria ser de carácter temporário e vigoraria até existirem outros Aterros localizados no distrito de Aveiro.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Recuperação da Mata Nacional do Buçaco

Concursos em preparação

A Câmara Municipal da Mealhada acaba de informar que, após a aprovação do financiamento para a recuperação da Mata Nacional do Buçaco, está já a ser preparado pelos Serviços Regionais do Centro da Direcção-Geral dos Recursos Florestais o lançamento dos respectivos concursos.
Esta é a entidade responsável pela gestão do projecto de recuperação da Mata Nacional do Buçaco, cujo financiamento, aprovado no dia 31 de Maio de 2006, está orçado em 1,3 milhões de euros e inclui verbas comunitárias, destinando-se à concretização, em três anos, do projecto de requalificação da mata elaborado pelo Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, sob a coordenação do Professor Doutor Amadeu Soares.
A construção de um Centro de Interpretação Ambiental, a recuperação das estufas e de algumas das casas existentes no local, a instalação de nova sinalética e a criação de trilhos para visita da mata são algumas das obras que vão avançar.

quinta-feira, 22 de junho de 2006



Pampilhosa
«Novo» Cine-Teatro em 2008
O Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, garantiu hoje (22 de Junho) que o financiamento para a recuperação do Cine-Teatro da Pampilhosa é um “processo fechado”, e que a “Pampilhosa e o seu Cine-Teatro estão de parabéns” já que aquele equipamento cultural “foi dos poucos que apresentou um projecto que teve condições para ser aprovado”.
“O momento difícil foi o da selecção e da avaliação das candidaturas, mas tendo a candidatura sido aprovada, a questão é agora meramente burocrática”, afirmou o governante, durante a visita que efectuou hoje ao Cine-Teatro da Pampilhosa. Recorde-se que a candidatura para financiamento da recuperação do Cine-Teatro da Pampilhosa foi aprovada pelo Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, através de despacho de 25/7/05, atribuindo um financiamento de 455.802 euros à recuperação do Cine-Teatro, propriedade do Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa, a mais antiga Associação do Concelho, fundada em 1906. Agora, será lançado o respectivo concurso, estimando-se que as obras arranquem no início de 2007. Com um prazo de execução de 14 meses, a recuperação daquele equipamento cultural estará concluída no primeiro trimestre de 2008.
“Pretendemos dar vida àquilo que foi, durante muitos anos, o coração da Pampilhosa”, disse o governante, para quem esta recuperação significa um “novo fôlego” para o Cine-Teatro da Pampilhosa, que “tem um passado e uma memória de 100 anos”. “O êxito deste equipamento passará pela programação, que terá de ser feita em rede, através da circulação e mobilidade de espectáculos”, afirmou João Ferrão, que classificou estes equipamentos culturais como “um coração importante para as povoações”.
Na visita, o Secretário de Estado de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades foi acompanhado pelo Chefe de Gabinete do Governador Civil de Aveiro, Custódio Ramos, pelo Presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Carlos Cabral e restante vereação, além dos representantes do Grémio de Instrução e Recreio da Pampilhosa e do Presidente da Junta de Freguesia da Pampilhosa.
O Cine-Teatro da Pampilhosa foi construído para Teatro em 1906, por ele tendo passado as mais importantes companhias de teatro nacionais que, aproveitando os caminhos-de-ferro, se deslocavam de Lisboa para o norte do país, aproveitando a passagem e a estadia na Pampilhosa para aí exibirem os mais variados espectáculos. Mais tarde, foi das primeiras salas do distrito de Aveiro a exibir, assim que este se vulgarizou, o cinema (mudo).
A recuperação deste importante património cultural, localizado no centro da Vila da Pampilhosa, junto à estação de caminhos de ferro, quer no sentido da preservação de um edifício cujo simbolismo histórico urge salvaguardar na memória colectiva, quer com o objectivo de dotar a Vila da Pampilhosa com uma infraestrutura cultural que vá ao encontro das necessidades dos seus cerca de 5 mil habitantes, tem merecido uma especial atenção da Câmara Municipal da Mealhada, que, desde há mais de uma década, tem desenvolvido todas as diligências com vista à recuperação desta sala de espectáculos
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sábado, 10 de junho de 2006

Estratégias para o Turismo na Bairrada


O Turismo é reconhecido como um dos sectores mais importantes nas economias modernas não só pelo nível de receitas e de emprego que gera mas também pelos seus efeitos directos no bem-estar social, no crescimento económico, na melhoria da qualidade de vida e no reforço da coesão económica e social.
A indústria do turismo será, em 2025, a maior actividade económica mundial, com a Europa a continuar a ser, certamente, o seu o maior receptor mundial. Portugal pode aí assumir um lugar destacado como país receptor, se tiver uma proposta de valor competitiva e responder adequadamente à procura.
Na região Bairradina, o turismo é um dos pontos fortes da economia, sendo necessário saber quais as oportunidades e os factores críticos de sucesso para explorar o nosso valor como destino turístico
Atenta a esta realidade, ACIB – Associação Comercial e Industrial da Bairrada vai organizar a 20 de Junho, no Museu do Vinho de Anadia, pelas 14h, um seminário subordinado ao tema "O Turismo na Bairrada – Estratégias e Ferramentas para a Competitividade", com o objectivo de reflectir sobre o contexto actual do sector, potencialidades da região e estratégias para as aproveitar e com o seguinte programa:

14h00 – Recepção dos participantes
14h15 – Abertura
- Eng. Miguel Roque Bouça – Presidente da Direcção da ACIB
- Prof. Litério Marques * – Presidente da Câmara Municipal de Anadia
14h30 – A Rota da Bairrada – Potencialidades da Região
Eng. Jorge Sampaio – Associação da Rota da Bairrada
15h00 – A Bairrada na Rota da Luz
Dr. Pedro Silva – Presidente da Rota da Luz
15h20 – Competências indispensáveis a desenvolver no Sector do Turismo
Dra. Mafalda Alpoim – Técnica de Turismo – Liconsultores
15h40 – Coffee – Break
15h55 – Principais apoios a Projectos Turísticos
Dra. Rita Lavado – Gabinete de Apoio ao Investidor do Instituto de Turismo de Portugal

16h25 – Testemunhos da Bairrada
Palace Hotel do Buçaco e Palace Hotel da Curia
Dr. Alexandre de Almeida – Director Geral dos Hotéis Alexandre de Almeida
Hotel Termas da Curia
Sr. António Aguiar – Director Geral Grupo Hotéis Cidadela

17h00 – Debate
17h30 – Encerramento

Para mais informações ou inscrições, deverá ser contactada a ACIB, através do telefone 234 730 320 / 231 516 761 ou e-mail acib@acib.pt.

sexta-feira, 2 de junho de 2006


Gonçalo Breda, na hora de abandonar a liderança do PSD/Mealhada

«Somos hoje um partido de convicções e não de conveniências»

A terminar o seu mandato como líder do PSD/Mealhada, o vereador Gonçalo Breda Marques faz um balanço do que foram seis anos à frente do partido. Satisfeito com o trabalho realizado, entende que hoje o PSD na Mealhada «é um partido de convicções e não de conveniências». Não enjeita a possibilidade de uma nova candidatura à autarquia, e sobre a liderança socialista da autarquia diz que a «marca deste executivo vai ser a de andar a empatar o concelho e a promoverem-se uns aos outros». Estas e outras questões numa entrevista que antecede as eleições para o PSD local e se irá iniciar uma nova liderança interna

Isabel Gomes Moreira

Mealhada Moderna (MM): O mandato da comissão politica do PSD está prestes a terminar. Já estão marcadas as eleições?
Gonçalo Breda Marques (GBM): Falta pouco tempo para terminar o mandato e espero que sejam marcadas eleições ainda antes do verão, mas ainda não têm data definida.

MM: Estatutariamente está impedido de se voltar a candidatar, o que pensa fazer em relação ao seu sucessor?
GBM: Sim, os estatutos do PSD não permitem que a mesma pessoa possa liderar o mesmo órgão mais de três mandatos seguidos. Pretendo ajudar a encontrar a melhor solução e dar todo o contributo possível para dar continuidade a este projecto que se iniciou há 6 anos atrás.

MM: Que balanço faz do tempo que liderou o partido no concelho da Mealhada?
GBM: Tenho muito orgulho no trabalho desenvolvido, tivemos uma voz e uma intervenção em praticamente todos os grandes problemas que preocupavam e alguns continuam a preocupar o nosso concelho. Desde reuniões com Secretários de Estado e Ministros a variadíssimos organismos do Estado, assuntos como o financiamento do Centro de Estágios do Luso, a extensão de saúde do Luso, Vacariça, Barcouço, e a hipótese de Casal Comba, bem como a rotunda de acesso à auto estrada, ou a recuperação da estação da Pampilhosa, o regadio Luso Vacariça, os Viveiros florestais e o investimento na Mata Nacional do Bussaco bem como a sua elevação a Património Mundial, a recuperação da ponte de viadores, o auxilio a várias associações, o projecto da Mealhada a cidade, foram tantos e tantos os assuntos que de alguma forma justificam esta minha sensação de satisfação de dever cumprido. Vivemos durante este período momentos de grandes combates políticos, infelizmente alguns até pessoais, mas que tenho a consciência que tornaram o PSD mais forte, mais solidário e visto hoje como um partido de convicções e não um partido de conveniências.

MM: O que vai fazer a seguir?
GBM: Felizmente tanto no campo profissional como político tenho muitos projectos, muitos desafios e até alguns convites que gostaria de aceitar. No plano local gostaria de intensificar a minha participação na Câmara Municipal e dar o meu melhor pelo nosso concelho.
MM: Odete Isabel dizia em entrevista ao nosso jornal que “a Mealhada está como está porque nunca teve uma oposição organizada”. Como comenta esta afirmação?
GBM: Tenho pela Dr.ª Odete Isabel uma grande estima e admiração pessoal, tanto no plano pessoal como no plano profissional e até político, mas tenho a sensação que percebe tão bem ou melhor do que eu as razões porque o nosso concelho está como está e não se deve seguramente à oposição.

MM: Que avaliação faz do trabalho desenvolvido pelo PS à frente da Câmara Municipal neste mandato?
GBM: Está mais do que provado que não conseguem dar o salto para a qualidade. Tudo é feito com mediocridade, por exemplo se olharmos para a feira do artesanato e gastronomia ou para o torneio de Futsal entre freguesias, apesar de serem boas iniciativas, falta-lhes muito para terem a qualidade que se exige e se deseja, poderiam na minha opinião ser melhor divulgadas, ter muito mais vida, alegria e dignidade. Em relação ao campo de Golf na Pampilhosa não se conhece nenhum desenvolvimento, a Plataforma Intermodal da Pampilhosa parece que tal como o Centro de Estágios do Luso não tem financiamento, o Arquivo Municipal continua com as portas fechadas, prometeram acabar definitivamente com os maus cheiros e afinal tudo continua na mesma, as desigualdades entre freguesias acentuam-se sem que nada se faça, tudo é decidido sem planeamento, segundo o Sr. Presidente em 2003 estariam a instalar-se empresas na zona industrial da Pedrulha, estamos a meio de 2006 e ainda estamos na fase de concursos, as taxas de execução são baixas, os impostos ao contrário do que propusemos são cobrados às taxas máximas possíveis penalizando assim as pessoas e as empresas. Enfim a este ritmo a marca que este executivo socialista vai ter no final do mandato não é de nenhuma obra mas de terem andado a empatar o concelho, e a tentar promover-se uns aos outros por coisa nenhuma.

MM: Como viu a “chamada” de José Calhoa ao executivo?
GBM: Disse ao Sr. José Calhoa em reunião de Câmara que não concordei com a atitude que teve quando aceitou ser candidato à câmara sabendo que se fosse eleito não iria aceitar pelouros. Não acho honesto andar a pedir votos às pessoas e depois não assumir as responsabilidades. Curiosamente ou talvez não numa altura em que a Câmara lamenta as dificuldades orçamentais, e numa altura em que já tinha passado de um Vereador a tempo inteiro e um a meio tempo, para dois a tempo inteiro venha ainda acrescentar mais um a meio tempo atribuindo ainda por cima o pelouro das obras particulares ao novo Vereador a quem não se conhece nenhuma experiência nem conhecimento nessa área.

MM: Como viu as mudanças efectuadas na concelhia socialista e a saída de Carlos Cabral?
GBM: Parece-me que o Sr. Carlos Cabral aproveitou uma oportunidade para se livrar do partido. Mas não gosto de comentar problemas internos de outros partidos.
Rui Marqueiro é dado por muitos como o candidato do PS à Câmara nas próximas eleições. Como vê essa possibilidade?
Mais importante do que a escolha do próximo candidato à Câmara do PS é saber que ninguém vê no actual Presidente condições para se voltar a candidatar. Mal tinha acabado de ser eleito já se falava na sua sucessão, significa por isso que nem os próprios dirigentes e simpatizantes do seu partido vêem nele condições para continuar. Apenas aqueles que estão directamente dependentes do Sr. Cabral e que sabem que não têm futuro político com a sua saída o vêm publicamente defender. Quanto ao Dr. Rui Marqueiro parece evidente a sua vontade, é um homem com experiência política e autárquica com virtudes e defeitos conhecidos, no entanto a esta distância julgo que deveria amadurecer melhor essa ideia para não vir a sofrer nenhum desgosto.

MM: Na Mealhada, já foi candidato por duas vezes à Câmara diz o ditado que não há duas sem três, pensa voltar a candidatar-se?
GBM: O PSD deve escolher sempre aquele que estiver mais bem preparado e em melhores condições para se candidatar.
MM: Não respondeu à pergunta…
GBM: Sou apaixonado por politica, adoro o combate político na verdadeira acepção da palavra, gosto muito de servir o concelho e o PSD, mas neste momento é prematuro colocar esse cenário em cima da mesa.

MM: Acha que na Mealhada ainda existe medo das pessoas se pronunciarem sobre a vida autárquica e concelhia?
GBM: O que sinto realmente é que existem muitas pessoas que me procuram para me expor problemas ou para me incentivar que depois preferem ficar no anonimato. Em meios pequenos infelizmente mistura-se muito as questões politicas das profissionais, pessoas que têm uma “porta aberta” ou negócio, ou que estejam dependentes ou alguém da família dependente de um emprego na Câmara preferem não se envolver. Seria um bom exercício contabilizar o número de familiares e amigos dos responsáveis autárquicos aos vários níveis do concelho que encontraram emprego na Câmara. Continuo a querer acreditar que será pura coincidência…

MM: Foi o responsável principal pela elevação da Mealhada a cidade. Passados estes anos, o que acha que mudou e que benefícios trouxe essa elevação?
GBM: Procurei com esse projecto trazer orgulho à nossa terra, dignificar o nosso concelho, sei que foi bem acolhido pela população e só lamento o comportamento irresponsável e mesquinho de alguns dirigentes socialistas. Tudo fizeram e continuam a fazer para desvalorizar não permitindo explorar as oportunidades criadas, apenas porque o projecto é meu. Prova da intriga que procuraram fazer é que ainda hoje com a maioria no parlamento têm vergonha de avançar com os projectos do Luso e da Pampilhosa que na altura apenas serviram interesse partidários passando por cima e usando os sentimentos das pessoas.

MM: O que acha que a Mealhada precisa que ainda não foi feito?
GBM: Aposta na qualidade, corrigir as desigualdades entre freguesias, alterar o PDM para que mais pessoas possam construir na sua própria freguesia e não tenham que viver noutros locais, na área da educação temos muito a fazer, temos condições para apostar num ensino de qualidade, em infra-estruturas de qualidade, e cortar com o pensamento “ no meu tempo também ia a pé para a escola e não morri”, pensamento retrógrado e que demonstra apenas a insensibilidade do Presidente da Câmara, dar dignidade a quem vive nos bairros sociais do concelho que estão, sobretudo o do Canedo, completamente degradados, investir em espaços verdes, resolver definitivamente o problema dos Viveiros Florestais e da Mata Nacional do Bussaco, bem como resolver o problema dos maus cheiros, ter uma estratégia tanto nacional como internacional para desenvolver o turismo no nosso concelho, olhar para as associações não como rivais mas como parceiros estratégicos de desenvolvimento, na área da saúde não permitir que os prazos de construção da extensão de saúde do Luso se dilatem, sensibilizar o governo para dotar a rubrica aberta pelo anterior governo da extensão de saúde de Barcouço para que possa ser construída com urgência, apoiar a construção da extensão de Saúde da Vacariça, e não baixar os braços em relação à possível extensão na freguesia de Casal Comba, ajudar a garantir acordos com o Ministério da Saúde para que qualquer pessoa possa recorrer aos serviços do novo Hospital da Misericórdia como acontece num hospital público. Na área do desporto e da cultura potenciar as infra-estruturas existentes (melhor gestão dos pavilhões), resolver casos como o cinema do Luso e cine teatro da Pampilhosa, dotar o concelho de melhores Juntas de Freguesia, construir a Câmara Municipal agilizar procedimentos, exigir celeridade nas respostas e envolver as pessoas nas decisões. Há tanto a fazer que não entendo como é que ainda se denota tanta arrogância nos responsáveis do PS na câmara e actuam com tanta calma como se já tudo estivesse feito.

MM: Há muitos anos que os Viveiros Florestais estão ao abandono. Não acha que existe uma falta de vontade politica generalizada em solucionar este problema?
GBM: O que eu acho é que a Câmara já teve a solução na mão e não a aproveitou, podia até nem ser a melhor solução mas pelo menos parte do problema já estaria resolvido.
O que se nota também é que enquanto tínhamos um governo PSD tínhamos um Presidente de Câmara que não perdia uma oportunidade para criticar o governo aproveitando ao mesmo tempo para se promover e se desculpar das coisas que não fazia, e hoje com os problemas mais acentuados não se ouve uma palavra, O financiamento do Centro de Estágios foi esquecido por este governo, os Viveiros estão piores que antes, a Mata Nacional do Bussaco não tem solução à vista, o Piddac foi miserável para o concelho, o orçamento da Câmara foi o mais baixo de sempre, o Secretário Estado que ficou de assinar um protocolo para a reconstrução do cine-teatro da Pampilhosa adia todos os dias a sua vinda, a extensão de Barcouço foi adiada, o concelho esquecido nas “escapadinhas em Portugal”podia citar tantos exemplos só para provar o silencio comprometido do Presidente que trocou a camisola do concelho pela do seu mais recente partido.

Elevação a cidade

«Tudo fazem para desvalorizar o projecto»


MM: Foi o responsável principal pela elevação da Mealhada a cidade. Passados estes anos, o que acha que mudou e que benefícios trouxe essa elevação?
GBM: Procurei com esse projecto trazer orgulho à nossa terra, dignificar o nosso concelho, sei que foi bem acolhido pela população e só lamento o comportamento irresponsável e mesquinho de alguns dirigentes socialistas. Tudo fizeram e continuam a fazer para desvalorizar não permitindo explorar as oportunidades criadas, apenas porque o projecto é meu. Prova da intriga que procuraram fazer é que ainda hoje com a maioria no parlamento têm vergonha de avançar com os projectos do Luso e da Pampilhosa que na altura apenas serviram interesse partidários passando por cima e usando os sentimentos
das pessoas.
(Ler entrevista na íntegra na edição imprensa nº142 do Semanário Mealhada Moderna)

domingo, 7 de maio de 2006

LUSO

LOJISTAS DO MERCADO CONTRA «EVENTUAL» MUDANÇA


Lojista e fregueses do Mercado do Luso estão contra uma eventual mudança de local daquele espaço. Uma possibilidade defendida na última assembleia de freguesia do Luso, por um dos membros da assembleia. O Mealhada Moderna foi falar com os lojistas e clientes para perceber como é que encaram essa possibilidade.
“Condições mais condignas”, essa sim, são reivindicadas pela maioria dos lojistas do referido mercado. Recorde-se que na passada Assembleia de Freguesia do Luso, Raul Aguiar defendeu que seria no Forno, na zona alta do Luso, a localização ideal para as novas instalações do Mercado do Luso. O referido terreno, pertença da Sociedade das Águas de Luso, teria de ser adquirido à empresa.
Em unanimidade, os comerciantes do local dizem não concordar com uma eventual mudança de local. Alguns, recusando-se até a sair, se fosse caso disso. Uma das mais antigas lojistas no local, garante, “teriam de me vir tirar daqui à força”.
Apesar da importância que consideram ter um novo parque de estacionamento, para fazer face à procura de quem vem ao Luso, os comerciantes do referido mercado, consideram que o terreno a adquirir à Sociedade, poderia facilmente resolver esse problema. O contrário, que visava a localização do Mercado nesse espaço, servindo o actual terreno onde se encontram as infra-estruturas, há largos anos, para a construção de um parque de estacionamento, é uma hipótese que nem sequer admitem.

Clientes discordam

Quem também demonstrou descontentamento com essa possibilidade foram alguns dos clientes do Mercado do Luso. Foram várias as vozes que, de imediato, se levantaram, formando um coro com os lojistas.
Maria de Lurdes, uma das freguesas, residente na vila, lembra que actualmente o mercado está no centro. Até porque, “uma grande parte dos fregueses, que frequentam as actuais instalações, têm dificuldades para se deslocarem”, refere. “Não faz qualquer sentido descentralizarem a localização do mercado. Seria um duro revés, quer para clientes, como para os lojistas”, considera.
João Rocha, outro dos habituais clientes do mercado do Luso, recorda que desde sempre ali fez as suas compras. Segundo diz, a descentralização das infra-estruturas provocaria graves problemas. “Até porque, alguns clientes deixariam de frequentar o local, o que não seria bom para os lojistas”, frisa.
(lER NOTÍCIA NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO 138 DA EDIÇÃO IMPRENSA)

quarta-feira, 3 de maio de 2006




REUNIÃO DA CÂMARA DA MEALHADA

INCÊNDIOS AQUECERAM DISCUSSÃO



Foi a questão dos incêndios que aqueceu a discussão, na última reunião do Executivo da Câmara Municipal da Mealhada. Carlos Marques, vereador da bancada laranja, alertou para o facto de não haver um plano estratégico definido, para a prevenção e combate a esse flagelo. A discussão deu-se na passada quinta-feira, curiosamente, uma semana após uma palestra que decorreu sobre a temática da floresta, na Pampilhosa

Renato Duarte


A palestra organizada pelo Movimento Cívico Odete Isabel, sobre «que floresta queremos», que decorreu na Pampilhosa, serviu de pretexto para a oposição social democrata, pela voz de Carlos Marques, reivindicar a necessidade de ter “outro tipo de preocupações”, para prevenir “eventuais catástrofes” nessa área.
Ainda no período antes da ordem do dia, o vereador avançou mesmo com propostas, alertando para a “importância que teria um gabinete técnico florestal”. Carlos Marques transmitiu ainda algumas críticas, que terão sido feitas à autarquia, durante a acção, lamentando ainda a ausência de Carlos Cabral, que não esteve presente na mesma.
Em resposta, o presidente da Câmara justificou a sua ausência com “motivos particulares, de ordem familiar”. Ainda assim, lembrou que apesar de não ter estado presente, a vice-presidente, Filomena Pinheiro, “esteve em representação da autarquia”.

“Lei não obriga”

Quanto às críticas, Cabral lembrou que o concelho da Mealhada foi “um dos que registaram menor taxa de área ardida”, no último Verão. “Aproximadamente, 90 por cento dos incêndios que afectaram a Mealhada tiveram origem noutros concelhos limítrofes”, afirmou.
Relativamente às afirmações do comandante dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, que lembrou o facto de não existir no concelho um plano municipal de defesa da floresta, o autarca garantiu que “essa não é uma obrigatoriedade”. “Tal como não obriga que tenhamos um gabinete técnico florestal”, acrescentou. Quanto ao remetente da afirmação, Cabral lembrou que “as corporações de bombeiros do concelho, não se podem queixar do apoio que lhes tem sido prestado pela Câmara”.
Carlos Marques insistiu, lembrando que “o Executivo não deve apenas fazer aquilo que a lei obriga”. “Há casos em que devemos ir mais além, tal como este”, acrescentou.

“Pioneiros na vigilância”

Ainda na opinião do vereador social democrata, “o facto de não termos sido tão devastados por incêndios, quanto o foram outros concelhos, isso não significa que nos devamos acomodar”. “É necessário prevenir”, alertou.
Filomena Pinheiro, a representante da autarquia na palestra, questionou a validade da mesma. “Era uma acção que visava reflectir sobre que floresta queríamos, mas acabou por motivar apenas discussões sobre incêndios. Algumas das pessoas que estiveram nessa acção, tinham apenas o intuito de provocar”, considerou.
Quanto à inexistência de um plano de defesa da floresta no concelho, a vice-presidente lembrou que, “até aqui, esta não se tem revelado fundamental”. Posto isto, Filomena Pinheiro optou por lembrar que a Mealhada, “foi um dos primeiros concelhos a ter brigadas de vigilância, na época de Verão”.
(lER TEXTO NA ÍNTEGRA NA EDIÇÃO Nº138 DO SEMANÁRIO MEALHADA MODERNA)

domingo, 19 de fevereiro de 2006



Campo de golfe da Pampilhosa

“Proprietários deveriam ser parceiros e não opositores”

Pedro Sampaio Nunes, ex-secretário de Estado do Turismo, no governo de Santana Lopes, acérrimo defensor da construção do campo de golfe da Pampilhosa, em entrevista ao Mealhada Moderna, defende que se trata de “um projecto estruturante para a região centro” e que representa “uma forte esperança de reanimação económica e social do concelho”. Criticando a “falta de visão” de alguns proprietários, defende que “deveriam ser parceiros e não opositores” do projecto


Renato Duarte

Mealhada Moderna (MM): Qual o ponto de situação do processo de criação do campo de golfe da Pampilhosa?
Pedro Sampaio Nunes (PSN): Está tudo dependente de um acordo entre as duas centenas de proprietários que detêm os terrenos no local onde queremos que seja construído o campo de golfe. Entre tanta gente é claro que não é fácil que estejam todos de acordo, mas tenho estado em contacto com eles e sinto que há adesão da esmagadora maioria. Porém, há ainda um pequeno núcleo de proprietários com pouca visão da coisas, que pensa que neste momento a agricultura é a melhor aposta para o local. A verdade é que o campo de golfe é um projecto estruturante da região centro. É um concelho de gente beirã, com ideias convictas. Cada proprietário deveria ser um parceiro e um sócio e não um opositor. Têm-se reunido diversas vezes, mas ainda não chegaram a um consenso.

MM: Que vantagens pode trazer a criação do campo de golfe para o concelho, na sua opinião?
PSN: Na minha opinião, será esta a mais forte esperança da reanimação económica e social do concelho. Em Portugal é uma modalidade com enorme procura. Faz parte de um dos maiores segmentos de procura dos reformados, com muito dinheiro. Este é um grupo que procura exactamente regiões turísticas onde não há muito calor. Então, necessitam de alternativas como estas. Mas não só para esse tipo de turismo. Mesmo a nível internacional, há muita procura para o tipo de turismo que envolve o golfe. É o projecto âncora, estruturante da reanimação do concelho. Eu tenho a percepção que o golfe e os SPA são fundamentais para dinamizar o turismo da região. Temos um parque hoteleiro apreciável, que precisa de estruturas importantes como estas. O meu papel foi sempre de dinamizador, desde há vinte anos. Sou proprietário do Solar da Vacariça, que actualmente tem uma média ocupacional bastante baixa. Assim que tenhamos o campo de golfe, passa de ocupação de 20 para 80 por cento.

MM: Em que fase se encontra o projecto?
PSN: Estamos neste momento num ponto de maturidade do projecto como nunca estivemos. Estamos próximos do ponto de não retorno. Mas têm que ser satisfeitos os proprietários. A proposta deverá ser justa para ambos os lados. O ideal era que os proprietários se unissem todos, o que daria um terreno de 120 hectares. Só assim seria possível a construção de um campo de golfe com 27 buracos, com condições para receber as grandes competições internacionais. A autarquia aprovaria então o loteamento, enquanto os proprietários ficariam com a mesma proporção relativa aquilo que tinham. Seria a obra feita com dez milhões de euros. Estou até em contacto com os parceiros financeiros ideais para viabilizar o negócio. É projecto de grande interesse para a zona, desde que devidamente estruturado.

MM: Como avalia o papel da autarquia neste processo?
PSN: Temos que ser pragmáticos. Há já um projecto feito, com muito trabalho investido ali. É um terreno que reúne excelentes condições. Permite viabilizar a dinamização do local e tornar-se o pólo central da região. Porém, numa situação como estas, na qual as autarquias estão impedidas de se endividar, tem que haver inteligência para avançar com um projecto destes. Logo, o terreno deverá ser da Câmara Municipal, e não privado. A autarquia tem essa percepção muito clara, tal como a oposição. Falei já quer com Carlos Cabral, presidente da autarquia, quer com Gonçalo Breda Marques, da oposição, e sei que ambos têm a noção da importância do projecto. Têm ambos uma ideia muito equilibrada e sei que não é por eles que o projecto deixará de avançar.

MM: O que o leva a crer que a região tem as condições ideais para receber tal infra-estrutura?
PSN: A gastronomia fantástica, o sector vinícola, o termal e também o hoteleira. Temos aqui um potencial fantástico e a obra permite desencravar o concelho. Transformar a Mealhada, como a Quinta do Lago, em Coimbra. Já não está tão na moda aquela ideia do sol e do mar, mas sim a saúde e bem-estar. É isso que as pessoas procuram hoje em dia. Vivi durante 20 anos na Bélgica, que tem um terço da área de Portugal. No entanto, para que se tenha uma ideia, têm 60 campos de golfe. Aqui temos todas as condições, e seria um projecto ambientalmente bem conseguido. A questão de preocupação da água que necessitaria a manutenção de uma obra destas não constitui problema.

sábado, 28 de janeiro de 2006



Análise aos resultados eleitorais na Mealhada

Cavaco quebrou hegemonia da esquerda


Isabel Gomes Moreira


Pela primeira vez na história das eleições presidenciais, um candidato de direita conseguiu sair vitorioso, em toda a linha, no concelho da Mealhada.
Com um total de 44,13 por cento dos votos, Cavaco Silva venceu no concelho e também nas oito freguesias que o compõem.
O resultado mais expressivo verificou-se na freguesia de Ventosa do Bairro, onde o novo Presidente da República obteve 67,30 por cento dos votos; enquanto na freguesia de Barcouço Cavaco Silva obteve a vitória menos folgada, obtendo 38,97 por cento dos votos.
De salientar ainda que Manuel Alegre foi o segundo candidato mais votado, recolhendo 28,97 por cento das preferências dos eleitores mealhadenses no concelho. Uma tendência seguida também em todas as freguesias; enquanto Mário Soares ficou na terceira posição, com um total de 16,91 por cento dos votos.
É certo que para tais resultados contribuiu o facto de se terem apresentado a eleições dois candidatos da área socialista (Mário Soares e Manuel Alegre), o que provocou uma divisão de votos à esquerda, e que acabou por beneficiar o único candidato de direita. Mas também não deixa de ser curioso verificar que o candidato apoiado pelo PS, quedou-se pela terceira posição, atrás de Manuel Alegre.
Perante os resultados, o que se pode dizer é que se é verdade que a fragilização da esquerda (PS) resultou da divisão de votos entre Alegre e Soares, também não deixa de ser notória a vitória de um candidato de direita na Mealhada, facto histórico tanto mais que, no concelho, a expressão do CDS é bastante diminuta, quando comparada com os dois eternos rivais (PS e PSD).
Fazer, a partir destes resultados, outras análises, extrapolando-as para as eleições de âmbito autárquico ou legislativo, será abusivo. Não só pelas circunstâncias especiais em que decorreram estas eleições presidenciais, mas também pela especificidade de cada acto eleitoral. Mas, factos são factos, e os números não mentem: Cavaco Silva, nestas eleições, quebrou a hegemonia socialista no concelho da Mealhada.