segunda-feira, 7 de agosto de 2006


Luso

Tradições lembradas em exposição

Durante o mês de Agosto, os antigos escritórios da Sociedade das Águas do Luso são palco de uma exposição sobre Luso e Buçaco. A iniciativa é da Junta de Turismo local, em parceria com a Junta de Freguesia do Luso.
Foram vários os ilustres que, na inauguração, testemunharam o culminar de um processo de pesquisa intensiva, que decorreu durante quase meio ano, para possibilitar a exposição de objectos de “valor incalculável”, para a história de Luso e Buçaco. De resto, foi esta a opinião expressa por Raul Aguiar, administrador da Junta de Turismo daquela região, de onde partiu a iniciativa, em parceria com a Junta de Freguesia do Luso. Estas entidades contaram com o apoio de um grupo de jovens daquela região.
Raul Aguiar era um homem “emotivo demais para falar do Luso e Buçaco”, como o próprio considerou. “Esta região tem para mim um significado ímpar”, disse.
Pelo que, segundo o próprio, “foi com o objectivo de tentar fazer com que os jovens lusenses se apaixonem pela sua terra que nasceu esta ideia”. “Aqui, a vertente de chamar o turismo é sempre importante, mas, neste caso, mais do que isso, é necessário fazer com que quem cá vive passe a conhecer melhor a sua própria terra”, garantiu.

“Património inigualável”

Ainda assim, apesar do sucesso, admite, “uma iniciativa destas nunca fica totalmente como desejaríamos”. Isto porque, neste caso, “houve material que teve que ficar guardado, visto que não tivemos hipóteses de o catalogar”, lembrou.
De resto, esta não é uma iniciativa totalmente pioneira, para a Junta de Turismo Luso Buçaco. Se por um lado, esta foi a primeira vez em que recaiu a escolha sobre este tema, já no ano passado tinha decorrido uma iniciativa semelhante. Desta feita, por ocasião do centenário da morte de Emídio Navarro.
Homero Serra, presidente da Junta de Freguesia do Luso, viu esta como uma “iniciativa excelente, que visa a promoção de um património inigualável”. “As relíquias são muitas vezes esquecidas e este tipo de iniciativas evitam que isso aconteça”, refere.
Também presente esteve Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, que disse ter gostado muito do que viu. Este tipo de iniciativas ajudam a compreender melhor aquele que foi o passado do Luso. Desta forma, “as pessoas do Luso são obrigadas a fazer uma reflexão profunda sobre o seu património”, disse.

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