quinta-feira, 27 de novembro de 2008

POLÍTICA

Na sequência da notícia avançada na última edição, que dava conta de vozes discordantes no seio do PSD em relação à tomada de posição da concelhia social-democrata de retirar a confiança política a Carlos Marques e Gonçalo Breda Marques, João Peres e Jacinto Silva, da Mesa da Assembleia de Militantes, emitiram um comunicado com vista a esclarecer a sua posição, em que falam de tentativas frustradas de conciliação e fazem questão de mostrar que estão solidários com a concelhia.
“É função dos membros da Mesa da Assembleia de Militantes lutar pela composição de interesses divergentes no seio do partido”, refere o comunicado da Mesa da Assembleia de Militantes, assinado por João Peres e Jacinto Silva, esclarecendo, assim, a sua posição referente à retirada de confiança política aos vereadores. “Nessa perspectiva, batemo-nos para que houvesse uma aproximação mútua entre os vereadores em causa e a comissão política”, acrescentam. “Entendemos que relativamente a uma determinada matéria tratada em reunião de Câmara não foram cumpridos compromissos previamente acordados com a comissão política e com o presidente da secção. Frustradas as nossas tentativas queremos deixar claro que somos solidários com a posição assumida pela comissão política de secção, pelo que repudiamos qualquer tentativa de criar diferendos onde existem consensos”, afirmam ainda.
“Continuamos e continuaremos a apoiar esta comissão política, solidarizando-nos com as suas medidas e propostas que sabemos são tomadas com vista à defesa intransigente dos interesses do PSD”, rematam João Peres e Jacinto Silva.
Quem se mostrou surpreendido com esta tomada de posição de João Peres e Jacinto Silva, foi Emídio Santos, ex-presidente da Câmara, que numa reunião onde estiveram também João Peres e Jacinto Silva, manifestou a sua discordância em relação à posição da concelhia. “Essa reunião foi marcada exactamente com o propósito de fazer recuar a concelhia na sua decisão de retirar a confiança política aos vereadores”, afirmou Emídio Santos, em declarações ao nosso jornal.
Recorde-se que João Peres e Jacinto Silva, numa tentativa de promover o entendimento entre concelhia e vereadores, após o plenário, marcaram um encontro com Carlos Marques e Gonçalo Breda Marques, durante o qual – segundo afirmam os vereadores ouvidos pelo MM - “disseram que não concordavam com a decisão da CP por entenderem que só ia prejudicar o partido”.

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