terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pampilhosa “sofreu” com sismo no Haiti

A pampilhosense Clara Pires e o marido David Wimhurst escaparam por pouco aos efeitos destruidores do sismo que se abateu sobre o Haiti na passada terça-feira. Na Pampilhosa e em Coimbra as horas seguintes foram de aflição para os familiares e amigos, até que na manhã de quarta-feira David conseguiu contactar a família em Portugal e garantiu que tudo estava bem


Clara Pires, natural de Pampilhosa (Mealhada), há dois anos no Haiti, participava, com o marido numa reunião que decorria num anexo do edifício central da Missão Minustah das Nações Unidas, que desmoronou quase por completo com o sismo de terça-feira passada. O casal escapou ileso, assim como todos os outros participante na reunião, tendo melhor sorte que todos os outros colegas que estavam no edifício central.
Clara Pires, de 58 anos, está no Haiti há cerca de dois anos e meio a desenvolver trabalho no âmbito da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), organização de que o marido, o ex-jornalista David Wimhurst, é um alto responsável.
Só na quarta-feira de manhã é que os familiares mais directos de Clara, a mãe (Maria de Lurdes de Pires) e as irmãs é que tiveram as primeiras notícias do Haiti com David Wimhurst a conseguir o contacto para Coimbra com a cunhada Ana Pires (antiga delegada regional da Cultura do Centro), dando conta da “sorte” que teve com a esposa pelo facto de estar num anexo do edifício central, que com a derrocada tirou a vida a 14 funcionários da Força de Manutenção de Paz, ficando feridos outros 56 elementos.
Apesar de todas as dificuldades, a família em Portugal terá conseguido um novo contacto na manhã de quinta-feira com a capital do fustigado país Port-au-Prince, de onde chegaram notícias de que efectivamente a pampilhosense e o marido estavam bem, mas que tinham perdido muitos amigos naquela catástrofe.


Mãe mais tranquila na quinta-feira


Foi só na manhã de quinta-feira que Maria de Lurdes Pires se mostrou mais tranquila. Exactamente aquando da presença da reportagem do Mealhada Moderna, a mãe de Clara recebeu um telefonema de Coimbra, da filha mais velha, a garantir ter conseguido confirmar que a irmã e o cunhado estavam bem de saúde, instalados em tendas numa espécie de campo de refugiados.


(ver reportagem na ed. impressa de 20 Jan do MM)

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